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Quando os trabalhadores de uma Empresa Municipal como a GESLOURES, que tem como Vereador responsável o Vice-Presidente do Executivo Comunista do Município de Loures, Paulo Piteira, avançam para uma greve, cujo pré-aviso tivemos oportunidade de publicar em artigo anterior, quando as reivindicações dos trabalhadores são diversas vezes desmentidas e negadas pelos responsáveis políticos do PCP de Loures mas depois, com a aproximação do dia da greve, a Administração decide contemplar as reivindicações dos trabalhadores, é altura de pensarmos que Bernardino Soares, que assumiu há algumas semanas atrás, em reunião pública da Autarquia o pagamento das horas extra de 2016, 2017 e 2018 que outros eleitos do PCP haviam negado existirem na GESLOURES, está a ser conduzido pela ala mais ortodoxa do PCP ao descalabro e a uma baixa considerável da popularidade que ainda lhe valeu nas Autárquicas de 2017 a vitória por margem escassa mas que, pelos resultados eleitorais para a Assembleia Municipal, valeria para Paulo Piteira e para o PCP-Loures a derrota também na Câmara.
É ridículo que num Município liderado por um executivo Comunista se assista à criação de um Grupo de Trabalho da Assembleia Municipal de Loures para a defesa e acompanhamento dos trabalhadores da Gesloures. E o ridículo aqui tem um sentido trágico – tão trágico como a invasão pelos tanques russos da Checoslováquia para terminar com a Primavera de Praga.
19 de Outubro, marca, a passos largos, o inicio da queda do PCP em Loures tendo em conta outros episódios que se perfilam no horizonte e que inclusive poderão arrastar outro partido para uma aliança fatal.
Os que agora se afastam ou foram afastados, anseiam pelo “dia de todos os santos”…
António Tavares | noticias@NoticiasLX.pt
Editorial