Este conteúdo é Reservado a Assinantes
O Convento de Odivelas conhecido também pelos “Outeiros” ou “Trovas de Outeiro” povoados por fidalgos e poetas. ” Os outeiros que se realizam no convento, em que os poetas improvisavam versos glosando os motes que as freiras lhes mandavam das janelas, eram sempre muito concorridos, chegando muitas vezes ao escândalo.”
Alguns nomes sonantes frequentavam estes outeiros como o poeta António Sanches de Noronha, que vivia na Póvoa de Santo Adrião tomando de entre as freiras D. Maria de Pina Rebelo Freira ( “A Bela Marcia como D. João V lhe chamava)como inspiração. O Visconde Almeida Garrett fundador do Teatro Nacional e que publicou a obra ” D. Branca”- a Real Branca, Abadessa cisterciense, no Larvão,também ali se deslocou.
Estes concursos de poemas também se realizavam no pátio do convento por algumas ocasiões de algumas festividades, ali atraindo grande número de fidalgos.
“Estes Outeiros do século XVIII, terminaram muito antes do convento encerrar. O último realizou-se em 1852”.
Obras Literárias inspiradas no Mosteiro
O Mosteiro de Odivelas serviu de inspiração para obras literárias algumas delas escritas por grandes nomes da cultura portuguesa.
– “A Caveira da Mártir ” – Camilo Castelo Branco
– “O Mosteiro de Odivelas- casos de reis e memórias de freiras “- J.C.Borges de Figueiredo
– “As minhas queridas freirinhas d’ Odivelas” – Manuel Bernardes Branco
– “Chronicas de Odivellas” (Occidente, vol IX de 1886)Pinheiro Chagas
– “O Mosteiro d’Odivellas” (Archivo Pittoresco, vol. VI)Vilhena Barbosa
– “As Amantes de D. João V” Alberto Pimentel
– “A Madre Paula” presente na colectânea ” Os Grandes Amores de Portugal” Rocha Martins
– ” O Instituto de Odivelas” Carlota Abrantes Saraiva
– “O Mosteiro de S. Dinis de Odivelas” Virginia Paccetti
– ….