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No decorrer do último ano têm-se multiplicado e intensificado as chamadas de atenção do PM António Costa, a todos os dirigentes, sobre a necessidade de uma revolução digital, para a qual, ele diz, partimos em vantagem – “A transição digital é a primeira grande revolução industrial na qual Portugal tem um excelente ponto de partida”.
Mais, o PM António Costa, quer ser campeão da transição digital – “pensar o futuro estrategicamente, um futuro em que queremos ser campeões da transição digital e da transição energética e no qual fundamos a base do nosso desenvolvimento”.
Ora muito bem, ou o que António Costa diz, não se escreve, ou então estamos a assistir a mais um episódio daquela célebre serie “Sim Senhor Ministro”.
De que vale o PM António Costa, mostrar caminhos, fazer alianças com a Google e a Microsoft e outros “gigantes”, se no terreno continuamos a deparar-mo-nos com “paletes” de “velhos do restelo”?
De que serve termos cabos de dados que nos ligam a alta velocidade ao resto do mundo se toda a comunicação continua a assentar no PAPEL? (e para quem tem dúvidas basta consultar os milhões que são gastos em papel pelos Ministérios e pelas Câmaras Municipais).
O volume das resistências dos conservadores que se opõem à transição digital assenta fundamentalmente nos quadros intermédios, sobretudo no funcionalismo público que por falta de formação e, até por uma questão cultural, continuam formatados nas suas opções ao “Modus operandi” “Gutenberg séc. XV”. De um modo geral, o tratamento digital da informação é olhado com desconfiança e como ameaça, pelo que pode representar de perda de poder na tramitação dos processos, pela consequente transparência, e como ferramenta para obtenção de uma classificação pelo mérito.
“A transição digital é a primeira grande revolução industrial na qual Portugal tem um excelente ponto de partida”; “pensar o futuro estrategicamente, um futuro em que queremos ser campeões da transição digital e da transição energética e no qual fundamos a base do nosso desenvolvimento”
PM António Costa
Obviamente que os processos administrativos e o próprio código têm de ser “mexidos” para se adaptarem à revolução digital que o PM António Costa quer implementar mas, há coisas simples que desde já os decisores podem repensar:
– Mudar a forma do tratamento da informação dentro e para fora da organização não se ficando pelos eDocs. Começando por exemplo pelo Urbanismo, e colocando Online todas as fases de um processo, sem ferir a lei da proteção de dados, permitindo saber a qualquer momento onde está o processo e quem é o responsável, do que precisa para avançar para a fase seguinte…
– Usar sempre Software aberto em que os dados possam ser partilhados por outros programas.
– Fazer acordos com Universidades para colocar equipas a desenvolver projetos.
Por último, lembrar aos decisores que a Comunicação Social que aposta no Digital não pode continuar a ser discriminada – as únicas ferramentas que podem permitir ao Cidadão participar na revolução digital do PM António Costa são os computadores, tablets, e os “Smartphones” e estes últimos estão connosco 24 horas, ou então, o que diz António Costa Não Se Escreve ou este é mais um episódio “Sim Senhor Ministro”
– António Tavares, diretor