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Já citei por aqui o PM António Costa, a propósito da revolução digital e, desta vez, não será com certeza a última: “A transição digital é a primeira grande revolução industrial na qual Portugal tem um excelente ponto de partida”.
Consultando a Wikipédia na sua página sobre “Revolução”, encontramos: “O termo é igualmente apropriado para descrever mudanças rápidas e profundas nos campos científico-tecnológico, econômico e comportamental humano”.
Sendo um defensor do PREC Digital, e com os sinais de arranque da revolução que o PM tem dado em diversas intervenções, estranho que os capitães, sobretudo os leais ao PM, não estejam a, pelo menos anunciar, nos seus territórios, a criação de plataformas agregadoras que criem valor acrescentado e suportem a referida mudança profunda na forma de administrar e de tomar decisões e que considerem sempre a componente digital em todos os projetos estruturais do Município.
No que diz respeito ao Município de Loures, o presidente da CM Loures, Ricardo Leão, tem afirmado, e cito: “… Empreendendo uma verdadeira revolução na forma como a Câmara de Loures se relaciona com os empresários. Temos também que ter muito clara qual a estratégia de desenvolvimento que queremos para o nosso concelho. Este é um caminho que tem de ser percorrido em conjunto com Câmara e tecido empresarial lado a lado. Da nossa parte, estamos a dar passos nesse sentido, nomeadamente, com a criação do Loures Business Hub, cujo conceito subjacente compreende incentivos e projectos de apoio a empresas, aos empresários e ao empreendedorismo…”.
Que apoios irão haver do Poder Central aos Municípios para a implementação de projetos municipais de Digitalização? Que apoios irão haver aos projetos Locais na sua transição sustentada para o Meio Digital?
No que toca aos Órgãos de Comunicação Social Locais, se o apoio do Governo Central, continuar a ser o mesmo que até aqui, bem podemos ver esta revolução digital como “letra morta” no universo da Imprensa do papel.
Sem grandes esperanças nos apoios do Estado Central, que prega a “Revolução Digital” mas fica-se pelos acordos com os gigantes tecnológicos, sem apoiar as pequenas e micro empresas que são grande parte do tecido empresarial, só poderemos contar com, os Municípios, os quais, estão em condições de distinguir, no terreno, o trigo do joio e, com verbas descentralizadas e próprias, apoiar o PREC Digital dando prioridade aos projetos cuja componente Digital seja dominante.
Nós, os defensores do PREC Digital, sabemos o que queremos e sabemos por onde queremos ir.
Pensar Global – Agir Local.
António Tavares, diretor
-Editorial