More
    InícioNOTICIASNacionalAssembleias Municipais querem maior autonomia para uma fiscalização mais transparente das políticas...

    Assembleias Municipais querem maior autonomia para uma fiscalização mais transparente das políticas públicas autárquicas

    Publicado

    Pub

    spot_img

    ANAM em audiência na 5ª. Comissão Parlamentar de Finanças e Orçamento

    ANAM apela a uma maior autonomia para uma fiscalização mais transparente das políticas públicas autárquicas

    A Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM) levou ontem à 5ª. Comissão Parlamentar de Finanças e Orçamento algumas das questões que têm vindo a limitar o exercício das Assembleias Municipais, numa altura em que se encontra a decorrer a transferência de competências para os Municípios, a qual pressupõe responsabilidades acrescidas para as Assembleias Municipais, enquanto órgão deliberativo e, essencialmente, fiscalizador.

    Sobre o Orçamento de Estado para 2023, cuja votação final está prevista para o dia 25 de novembro, a ANAM, em representação dos mais de 200 associados, considera que, “se enquanto órgão deliberativo, compete às Assembleias Municipais a  apreciação do orçamento municipal anual, é fundamental que as mesmas estejam envolvidas naquelas que são as decisões orçamentais que aos municípios dizem respeito, com o atual quadro legal.”

    Neste sentido a ANAM apela à alteração do sistema de aprovação do orçamento municipal por parte da Assembleia Municipal, ou seja, a obrigatoriedade de realizar uma audição prévia com vista a obter o parecer positivo ao orçamento, sem embargo da posição que cada partido venha a refletir ao votar a proposta de orçamento.

    Como explica Albino Almeida, Presidente da ANAM, relembrando que o orçamento municipal apresentado à Assembleia Municipal não é sujeito a qualquer alteração, sendo apenas aprovado, de acordo com a proposta da Câmara, ou rejeitado “era importante que, antecipando a apresentação do Orçamento Municipal, fosse feita a apresentação deste pelo Revisor Oficial de Contas, que deveria assumir, nesta matéria, um papel próximo de uma Unidade Técnica de Apreciação Orçamental Municipal. Com um esforço financeiro mínimo conseguir-se-á uma maior capacitação dos decisores autárquicos”.

    Sobre o processo de descentralização e a execução do Plano de Recuperação e Resiliência, a ANAM defende que “não se pode querer aprofundar a democracia, reforçar a cidadania, melhorar a qualidade do escrutínio, principalmente num momento em que haverá mais poderes para as Câmaras, exigindo uma maior capacidade para acompanhar todos os processos de reorganização política em curso, com o atual quadro legal. Neste sentido seria fundamental a criação de um novo quadro legal  claro e transparente para a fiscalização das políticas públicas autárquicas que decorrerão no âmbito do PRR e que deverão passar pela apreciação das Assembleias Municipais”.

    Insistindo na necessidade de promover uma maior dignificação e valorização das Assembleias Municipais a ANAM considera que “não é admissível que, com uma democracia hoje mais madura e  quase cinquentenária, continuem a existir Assembleias Municipais sem condições físicas e recursos humanos para levar a cabo as funções enquanto órgão deliberativo. Importa referir que o Presidente da Assembleia Municipal autoriza a despesa, mas nem sempre o orçamento respetivo lhe foi previamente submetido”.

    Sobre a questão da autonomia das Assembleias Municipais a ANAM mantém a posição que tem vindo a defender: “não é admissível que se continue a limitar o pagamento de senhas de presença aos representantes municipais, mesmo quando tal está previsto nos respetivos Regulamentos das Assembleias”.

    Pela Comissão ficou assumido o compromisso de estudar as questões colocadas pela ANAM e dar-lhes o enquadramento adequado no próximo Orçamento de Estado e noutros momentos legislativos que a Assembleias leve a cabo, relacionados com o Poder Local deliberativo.

    Últimos Artigos

    Vacinação para a gripe sazonal e para a COVID-19 já arrancou

    Arrancou na sexta-feira, 29 de setembro, a campanha de vacinação sazonal contra a gripe...

    TAP – Governo dá início ao processo de reprivatização

    Foi aprovado em Conselho de Ministros o Decreto-Lei que inicia o processo de reprivatização...

    Coluna Vertebral!

    Recente “flic, flac” político registado em território insular, honrando a sabedoria popular portuguesa, em...

    A destruição do SNS por parte do governo socialista de António Costa

    O Serviço Nacional de Saúde (SNS) não está atualmente a garantir o acesso de...

    Relacionados

    ANAM apela à alteração do regime jurídico das autarquias locais para um maior envolvimento dos jovens

    ANAM em audiência na 12ª Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto Foi na recente...