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Nota de Imprensa
PS chumbou comemoração do Dia da Educação em Odivelas
O Deputado Municipal de Odivelas João Pedro Galhofo apresentou na 1ª Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal de Odivelas de 26 de Janeiro um Voto de congratulação do Dia internacional da Educação, o qual constava que Portugal conta, de acordo com os Census 2021, com 150.127 docentes em exercício nos ensinos pré-escolar (17 064), básico (30 986 no 1º ciclo e 25 554 no 2º e 3º ciclos) e secundário (78 523), tendo perdido quase 25 mil professores face ao Ano 2011 (174.953) por motivo de aposentação antecipada ou desistência da carreira docente. A classe docente no sistema de Ensino português tem invariavelmente relações laborais precárias, falta de estabilidade profissional em virtude do local da instituição de ensino onde são fixados (por vezes distam centenas de Km’s) e está fortemente envelhecida face ao desinteresse da juventude em seguir uma carreira profissional tão penalizada ao nível das condições de trabalho, da conjugação da vida profissional com a vida familiar e pela pressão social e mediática que recai sobre uma profissão cada vez mais exigente e burocrática, sem a devida compensação financeira face ao esforço e preparação que exige.
O referido voto de congratulação pelo Dia internacional da Educação (24 de Janeiro) foi aprovado com o voto favorável de todos os Partidos com assento na Assembleia Municipal à excepção do PS que inexplicavelmente chumbou o documento com o seu voto contra (maioria absoluta). No próprio texto do documento, o Voto de congratulação que mereceu a aprovação da maioria dos partidos políticos na AM Odivelas fundamentava a sua apresentação com o facto de a 16 de Janeiro passado eclodiu no País uma greve nacional de Professores que paralisou as Escolas de Norte a Sul de Portugal, deixando milhares de alunos sem aulas e as suas respetivas famílias no dilema diário de ter de escolher entre cuidar dos filhos e faltar ao trabalho ou ir trabalhar e contratar alguém que tome conta dos seus educandos, devendo a mesma prolongar-se pelo menos até dia 8 de Fevereiro. Os docentes exigem a redução do número de professores que ficam retidos no 4º e 6º escalões da carreira e, por conseguinte, a devida recuperação do tempo de serviço, tendo em conta o congelamento das carreiras. Os docentes a nível nacional pedem ainda uma revisão do modelo de recrutamento e de colocação, assim como a redução do horário de trabalho e atribuição de tarefas compatíveis com as 35 horas semanais às quais estão vinculados. Estas exigências não colheram até ao momento junto do Ministério da Educação, tendo em resposta a FNE- Federação Nacional de Educação acusado o Governo de pretender continuar com a precariedade e a instabilidade, que são em alguns casos ainda agravadas pelas soluções agora apresentadas pelo Governo.
O Deputado Municipal de Odivelas João Pedro Galhofo considera que o chumbo do PS quanto a este Voto de congratulação do Dia da Educação revela essencialmente dois aspectos do Socialismo em Odivelas: 1) A surdez democrática e cegueira ideológica de um Executivo Municipal Socialista sentado confortavelmente numa maioria absoluta que tenta cercear a Democracia representativa- através de diferentes formas de bullying político aos Eleitos da AM Odivelas que fazem Oposição à atividade municipal, apesar de apresentarem propostas alternativas- e simultaneamente esmagar a Democracia participativa- como sucedeu com o recente episódio dos professores que se manifestaram juntamente com o Sindicato STOP junto aos Paços do Concelho e que foram ignorados tanto pelo Presidente CMO como pela Vereadora da Educação quando ambos se encontravam no interior das instalações municipais, assim como eu próprio, que fui conversar com os professores pese embora não tenha um local próprio para os receber nos Paços do Concelho, visto que os Deputados Municipais não dispõem de Gabinetes de trabalho político. 2) Odivelas, o Concelho Educador não passar de um chavão de propaganda política municipal, uma vez que quando diz respeito a ouvir Pais e Professores o Executivo Municipal se fecha sobre si próprio e remete todos os problemas, apesar de ter sido pioneiro na assunção de competências na área da Educação aquando da descentralização destas competências do Governo para o Município, para quem já não detém muitas das responsabilidades, o próprio Governo. Assistimos a um autêntico sacudir de água do capote por parte da CM Odivelas nesta matéria!