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PCP abandona sala, BE vota contra e PAN abstém-se em Voto de condenação pela guerra na Ucrânia
O Deputado Municipal de Odivelas João Pedro Galhofo apresentou na 1ª Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Odivelas de 23 de Fevereiro de 2023 um Voto de de condenação pela manutenção da guerra na Ucrânia após um Ano da invasão da ditadura da Federação Russa chefiada por Vladimir Putin iniciada a 24 de Fevereiro de 2022, ultrapassando já um ano de conflito armado e para a qual não se antevê fim, a qual acarreta um genocídio massivo do Povo ucraniano com vista a apagar a história de um País livre, soberano e independente, como referiu o Presidente Volodymyr Zelensky, e aprovar um Voto de pesar pelas vítimas mortais desta guerra que soma já mais de 8.000 mortes em apenas um Ano, cumprindo um minuto de silêncio em memória das vítimas em solidariedade com as famílias ucranianas.
O referido Voto de condenação da guerra na Ucrânia passado um Ano do seu início a 24.02.202 foi aprovado com o voto favorável de todos os Partidos com assento na Assembleia Municipal, à excepção da CDU que rejeitou participar na votação abandonando subitamente a sala no momento da votação, do BE que votou liminarmente contra o sentido do voto de condenação da guerra e do PAN que inexplicavelmente se absteve quanto ao sentido de voto sobre a guerra. No próprio texto do documento, o Voto de condenação aprovado pela maioria dos Deputados Municipais na AM Odivelas fundamentava a sua apresentação com o facto de passados 365 dias do início desta invasão a território soberano perpetuada pela Federação Russa contra todas as normas de Direito Internacional, o relatório do Alto- Comissariado da ONU para os Direitos Humanos relevou dados, segundo os quais, morreram até ao momento mais de 8.000 pessoas (podendo o número real de vítimas mortais ser consideravelmente maior) e registaram-se 13.287 feridos civis. Dos números mencionados, 487 mortes foram de crianças e 954 feridos civis são crianças.
O mês de Março de 2022 foi o mais violento desta guerra até ao presente, tendo sido provocados só nesse mêscom mais de 3.900 mortes e 2.900 feridos confirmados, tendo esse número reduzido progressivamente para os atuais cerca de 202 mortos e 368 feridos por mês desde Novembro de 2022 até ao passado mês de Janeiro de 2023. O referido relatório da ONU refere ainda que 90% das mortes e ferimentos de civis foram causadas por armas explosivas de alto impacto (como mísseis), principalmente em ataques a áreas povoadas, com pelo menos 6.585 mortos e 12.635 feridos. Além disso, 84% desses ataques aconteceram em áreas controladas pelo Governo ucraniano e 15% em território ocupado por forças militares russas.
Existem mais de 18 milhões de refugiados ucranianos com necessidades urgentes de ajuda humanitária devido este conflito militar e que cerca de 14 milhões foram obrigados a abandonar as suas casas para fugir para outras regiões da Ucrânia como deslocados internos ou para se exilarem como refugiados de Guerra. Entre os mais afetados estão os mais jovens em idade escolar, cujo ensino foi interrompido pelos ataques sem precedentes às escolas e às universidades, mas também os mais velhos e deficientes motores, a maioria dos quais não quer abandonar as suas casas apesar do perigo iminente e ou não podem porque se encontram acamados ou limitados fisicamente, apesar dos lares terem sido igualmente alvo de ataques aéreas russos.
O Deputado Municipal de Odivelas João Pedro Galhofo considera que a aprovação do Voto de condenação pela manutenção da invasão à Ucrânia pela Rússia e Voto de pesar pelos 8.000 mortes ucranianas vítimas da guerra por PS, PSD, CDS, IL, CH na AM Odivelas representa a vitória das democracias ocidentais sobre aqueles que representam ditaduras soviéticas às mãos dos quais morrem diariamente civis opositores desses regimes pró- comunistas.
Não espanta o súbito abandono da sala do PCP Odivelas que nunca aceitou a invasão russa ao território ucraniano como um atentado ao Direito internacional de um Estado contra um outro, aceitando cegamente ainda hoje as instruções de Moscovo de que o Ato de Guerra que tomos presenciámos se trata de uma “Operação militar especial”, nos termos do Presidente Vladimir Putin. Não espanta o voto contra do BE Odivelas, um Partido que visa ser mais comunista do que os próprios comunistas, e que na atualidade pretende instaurar internamente uma ditadura de pensamento único ao estilo lenista- trotkista. E da mesma forma, não espanta a abstenção da PAN Odivelas, um Partido moribundo e sem voz representativa na AM Odivelas, que sendo radical sempre quis passar por moderado segundo os padrões do politicamente correto que usa para si próprio, mas quando é pressionado a escolher a parte certa da história- a das Democracias ocidentais- se revela e escolhe invariavelmente o radicalismo dos mais puros correligionários de extrema- esquerda, pois já muito pouco ou nada os separa do BE de outros tempos.