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A 12 de abril celebra-se o Dia Nacional do Ar, instituído em 2019, com o objetivo de destacar a importância da qualidade do ar, bem como sensibilizar a população para a necessidade de conhecer e atuar com vista à proteção e melhoria deste recurso indispensável à vida.
O que significa a qualidade do ar?
A qualidade do ar indica o nível de poluição do ar que respiramos, o qual é provocado por diversas substâncias químicas presentes no ar, as quais, por sua vez, alteram a composição natural da atmosfera.
O índice de qualidade do ar é definido pelo poluente que apresenta pior classificação e não por uma média aritmética, sendo considerados os seguintes poluentes: dióxido de azoto (NO2), ozono (O3), partículas PM10 e PM2.5 (partículas de diâmetro igual ou inferior a 10 µm e 2.5 µm, respetivamente) e SO2 (dióxido de enxofre). As fontes de emissão dos poluentes atmosféricos podem ser de origem antropogénica (tráfego automóvel, atividade industrial) ou de origem natural (atividade vulcânica, incêndios de origem natural, ação do vento).
Em espaço urbano, os espaços verdes permitem condições microclimáticas mais confortáveis e são importantes para a melhoria da qualidade do ar. O projeto PAB_LivingLab: Vive a descarbonização no Parque Adão Barata testa soluções inovadoras para a descarbonização do território, acomodando também a importância das práticas tradicionais. Através deste projeto foram plantadas 80 novas árvores naquele parque verde, que servirão não apenas como sumidouro de carbono, mas também contribuirão para um melhor ar.
Todos os anos são comemorados no Município os dias da Árvore e da Floresta Autóctone, nos quais se promovem plantações com a participação das escolas e associações do concelho.
E em espaços fechados, como podemos melhorar a qualidade do ar interior?
Estima-se que cerca de 90% das nossas vidas são passadas dentro de espaços fechados (casas, escritórios, serviços), o que faz com que a qualidade do ar interior seja muito importante. O conceito de qualidade do ambiente interior é bastante complexo e abrangente, mas existem gestos simples a melhorar: promover a ventilação, a não utilização de incensos e a limpeza e manutenção correta de equipamentos de ventilação.
No projeto PAB_LivingLab está também em estudo a qualidade do ar interior dos edifícios, de forma a aferir as melhores ações a tomar para que a mesma se mantenha adequada para a permanência dos trabalhadores e visitantes dentro dos edifícios.
E o ruído?
O ruído é causador de poluição sonora. Em comum com os poluentes atmosféricos tem o seu meio de propagação: o ar. Mas nem todo o som é causador de poluição sonora. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como ruído níveis sonoros superiores a 65 decibéis (dB). Este organismo recomenda que para que o sono seja reparador, o ruído de ambiente noturno não deve ser superior a 30 dB.
No Município já foram instaladas duas estações de monitorização da qualidade do ar e do ruído: a primeira, na Avenida de Moscavide, e, a segunda, no Parque Adão Barata, em Loures. Além disso, existe uma estação da rede QualAR (https://qualar.apambiente.pt/), através da qual se pode consultar os dados horários para os poluentes medidos e saber mais sobre a temática da qualidade do ar.
A qualidade do ar integra também uma das medidas do Plano de Ação Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, devido à maior propensão para dispersão de poluentes, segundo o estudo bioclimático para o concelho.
Assim, a gestão da qualidade do ar necessita de uma abordagem transversal, com a articulação de políticas e medidas entre os vários níveis de governação, assim como a participação de toda a sociedade.