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O projeto Motor Verde Mais Floresta, que prevê reflorestar entre a cinco e dez mil hectares, vai contribuir para estabelecer o mercado voluntário de créditos de carbono, disseram os Ministros da Economia e do Mar, António Costa Silva, e do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, em Lisboa.
Os dois Ministros intervinham na apresentação do projeto da empresa petrolífera Repsol que foi presidido pelo Primeiro-Ministro António Costa.
Costa Silva destacou que este projeto pode atrair para investimentos na floresta portuguesa empresas internacionais interessadas em compensar emissões de carbono, acrescentando que «este projeto se insere no mecanismo aprovado pelo Governo de estabelecer em Portugal um mercado voluntário de créditos de carbono. Será uma das primeiras experiências e um exponenciador deste desenvolvimento».
O Ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, disse que se trata de «um projeto transformador do espaço rural português» e de «um projeto estrutural na floresta» e que contribuirá para Portugal atingir a meta da neutralidade carbónica em 2050, pois sem mobilizar os setores mais poluentes não será possível fazer a transição energética.
Sobre a criação do mercado voluntário de créditos de carbono, Duarte Cordeiro disse que, apesar da sua importância, «Portugal vai aumentar a sua ambição na redução de emissões de carbono».
Os Ministros destacaram também que o projeto irá ajudar a fixar pessoas em zonas mais despovoadas ao estimular a economia local.
Projeto
O projeto para reflorestar entre cinco e dez mil hectares representa um investimento de 40 milhões de euros. No futuro poderá crescer para florestação de 100 mil hectares com cerca de 90 milhões de árvores e capturando 25 milhões de toneladas de carbono, representando um investimento de 400 milhões de euros e a criação de 15 a 20 mil novos empregos.
O projeto Motor Verde Mais Floresta já existe em Espanha, também por iniciativa da Repsol (através da sua fundação), reflorestando terras queimadas ou baldias e criando bosques para compensar as emissões de CO2.
O protocolo de colaboração entre o Governo português e a Repsol sobre o projeto foi assinado entre o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, e o presidente da Repsol, Antonio Brufau.
Em 26 de janeiro, o Governo aprovou o decreto-lei que cria e promove o desenvolvimento de um mercado voluntário de carbono de âmbito nacional, e que esteve em consulta pública até 11 de abril.
O mercado de carbono consiste na criação de créditos ou licenças que são pagos pelas empresas para compensar as suas emissões de carbono.
Fonte: Portal do XXIII Governo Constitucional