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Histórias d’África – Maestro Mourinho, de volta!

Talvez nunca tenha saído de cena: José Mourinho, treinador do Roma – Associazione Sportiva Roma – desde 2021, vai dirigir a equipa na final de uma competição europeia pelo segundo ano consecutivo. Agora, na Liga Europa que se disputa no Puskás Aréna, de Budapeste, no próximo dia 31 de maio. O Sevilla é o adversário que eliminou a Juventus na meia-final. Em 2022, o técnico português venceu Liga Conferência.

Regista no seu curriculum, o rótulo de primeiro treinador da história a conquistar todas as competições europeias. Por enquanto, também a singularidade em ser o único treinador da história a ganhar um troféu europeu com 4 clubes diferentes e ainda a vencer todas as cinco finais onde participou.

É inquestionável que o técnico português – licenciado em Motricidade Humana – merece respeito das instituições do futebol, independentemente de ser uma personalidade politicamente incorrecta, incómoda para os agentes do Mundo futebolístico e até, por vezes, irritante com as suas verdades tremendas.

Mourinho não é aquele género de profissional que satisfaça os interesses e lobbies, particularmente os que vivem no interior da FIFA e da UEFA que se organizam como os regimes autocratas e são lideradas por personalidades sem mérito.

José Mário dos Santos Mourinho Félix, de 60 anos – nasceu a 26 de janeiro de 1963 – vai ter mais uma tarefa difícil: conseguir que a sua Roma vença o Sevilla, o líder no ranking da prova com 6 troféus conquistados todos a partir de 2006, temporadas de 2005–06, 2006–07, 2013–14, 2014–15, 2015–16 e 2019–20. Tal o Real Madrid na Liga dos campeões; tal o Sevilla na Liga Europa. Pode afirmar-se que clube andaluz tem ADN Europa League. Mais: acaba de sair de uma letargia que chegou a colocar a equipa na linha vermelha da Primeira Liga espanhola, que foi contrariada pelo treinador José Luis Mendilibar – de 62 anos – que chegou ao clube a 21 de março último e tem contrato até ao próximo dia 30 de junho. Cumprido o jogo com a Juventus regista apenas uma derrota e um empate.

Respeito entre treinadores. … Mas realmente entre o ‘Mister’ Mourinho e o seu antigo jogador Xabi Alonso, agora treinador do Bayer Leverkusen, o derrotado na meia-final.

Mas voltemos a José Mourinho e simplifiquemos as estatísticas:

  • O Chelsea não vencia a Premier League há 50 anos. José Mourinho venceu-a!
  • José Mourinho ganhou a Champions com o Futebol Clube do Porto depois de um jejum do clube português de 17 anos.   
  • O Inter de Milão não vencia a Liga dos Campeões há 45 anos. José Mourinho ganhou-a com o clube numa temporada épica – 2009-2010 – para o clube com uma tripleta. A final da Champions – 55.a. edição e 18.a. do actual formato – foi ganha no Santiago Bernabéu, em Madrid, frente ao Bayern de Munique por 2-0.
  • Real Madrid passou 22 anos sem ganhar a Taça do Rei. Mourinho ganhou-a em Madrid.
  • O Manchester United esteve 9 anos para ganhar uma competição europeia até à chegada do treinador português. Venceu a Liga Europa.
O primeiro treinador da história a conquistar todas as competições europeias. Por enquanto, também a singularidade em ser o único treinador da história a ganhar um troféu europeu com 4 clubes diferentes e ainda a vencer todas as cinco finais onde participou

No ano passado, Mourinho emprestou à Roma o primeiro título europeu da história: Liga Conferência. Aguardemos pelo dia 31 de maio em que disputará a sua sexta final europeia que se ganhar também será o seu sexto título. ¿José Mourinho está de volta? Talvez nunca tenha deixado de estar em cena, ainda que mais despercebidamente como todos nas suas carreiras profissionais, sobretudo nas mais voláteis como na actividade desportiva onde mandam os resultados que têm de ser, sempre, muito bons ou bons como mínimo.

Curiosidade da inscrição “SPQR”

Recentemente, as camisolas do As Roma apresentam a inscrição de uma espécie de monograma: Trata-se de um termo que substituiu o patrocinador por falta de cumprimento do acordo financeiro, e que é da maior relevância para a capital de Itália e, obviamente, representativo para o clube.

A Enciclopédia Treccani transporta o significado de SPQR: Abreviatura reiterada nas epígrafes latinas para indicar o povo romano. Originalmente equivalente a Senatus Populus Quirites Romani. Entende-se que mais tarde – ainda na época do Império – como Senatus Populusque Romanus, um preceito utilizado em inscrições monumentais. A sigla voltou a estar em voga na Idade Média e é recorrente nas moedas do Senado romano desse período, século XII.

– por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)

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