Este conteúdo é Reservado a Assinantes
A GesLoures – Gestão de Equipamentos Sociais, EM, criada em 1992 pela Câmara Municipal de Loures, é uma empresa municipal que tem por objeto a gestão de equipamentos sociais do Município, promovendo a prática de atividades físicas e desportivas, supostamente, em condições de qualidade para todos aqueles que utilizam estes espaços, em particular os munícipes do concelho de Loures.
A GesLoures é a responsável pela gestão dos quatro complexos de piscinas existentes no concelho: Loures, Portela, Santa Iria de Azóia e Santo António dos Cavaleiros.
Segundo o site da GesLoures, esta “fomenta a prática de hábitos desportivos, contribui para a manutenção da saúde e do bem-estar da população, ocupa os tempos livres e incentiva a adaptação dos cidadãos ao meio aquático, desde os mais novos, passando pelos reformados, até às pessoas com necessidades especiais”. Princípios nobres, contudo, e após a tomada de posse deste novo conselho de administração deixou de ser assim.
Há mais de 10 anos que frequento uma das piscinas do complexo, e apesar de considerar que os preços praticados sempre foram tudo menos sociais, colocava na balança a segurança, a limpeza e manutenção das infra estruturas, os professores, os funcionários. Inesperadamente, após as eleições autárquicas e a substituição do conselho de administração, entramos numa escalada de decadência que envolve assaltos, insegurança, falta de manutenção e agora a alegada presença de Legionella na Piscina de Santa Iria de Azóia.
A tua isto acrescem as denuncias feitas pelos trabalhadores, em reunião de Assembleia Municipal de perseguição e assédio moral. As piscinas a partir das 19:00 não têm qualquer controlo de entradas, estando a porta permanentemente aberta à mercê de quem quiser entrar, e nas portas cartazes “Fartos de Perseguição e Intimidação – Trabalhadores da GesLoures exigem respeito/dignidade”.
Numa das últimas reuniões de Assembleia Municipal tive também oportunidade de denunciar alegadas ilegalidades com os contratos de manutenção das piscinas e as empresas prestadoras de serviço. A tudo isto o executivo camarário assiste sem nada fazer.
Na última reunião de câmara foi requerida pelo vereador do Chega a presença do responsável pela manutenção da piscina de Santa Iria de Azóia, contudo, esta presença foi negada pelo executivo. Desfecho igual teve o requerimento para a exoneração imediata do conselho de administração.
A piscina de Santa Iria de Azóia encontra-se encerrada desde dia 9 de maio e até à data nenhuma justificação concreta foi dada, nem resposta ao requerimento para divulgar o resultado das amostras e plano de prevenção e controlo da bactéria Legionella.
Todas estas suspeições e diminuição da qualidade do serviço prestado tornam cada vez mais a Gesloures uma empresa não grata no município e entre os munícipes.
Até quando e porquê o executivo municipal vai tolerar a má gestão do atual conselho de administração da Gesloures?
Fica a pergunta.
Patrícia Almeida
Deputada Municipal
Líder de bancada partido Chega na AM Lrs
gab_dep_chega@cm-loures.pt