Este conteúdo é Reservado a Assinantes
Um grupo de militantes do PSD de Lisboa, que não se revê nas práticas políticas noticiadas na reportagem da TVI/CNN sobre o “Tutti Frutti” e que há vários anos vem denunciando alguns destes comportamentos ou vicissitudes internos, que violam e ofendem princípios e valores que constituem o ADN do PSD desde 1974, decidiu dirigir uma carta à Comissão Política Nacional do PSD (em anexo), da qual, em síntese, destacamos:
▪ Apoiar a posição assumida pela Comissão Permanente do PSD, comunicada ao país pelo Dr. Luís Montenegro, no sentido de fazer uma averiguação política de eventuais comportamentos ilícitos ou pouco éticos de alguns dos seus militantes. Este posicionamento evidencia uma notória diferença relativamente à sistemática fuga do secretário-geral do PS e primeiro-ministro de Portugal, o Dr. António Costa, quando se trata de processos judiciais que envolvem ou envolveram figuras gradas do Partido Socialista, refugiando-se no mantra “À justiça o que é da justiça e à política o que é da política” para nada fazer.
▪ Apelar à Comissão Política Nacional do PSD para que o processo de averiguação seja alargado, temporal e materialmente, aos atos eleitorais e procedimentos internos dos últimos três mandatos da Comissão Política da Secção Concelhia de Lisboa, retirando daí as devidas consequências, de modo a prevenir e a combater práticas que desvirtuam e condicionam a vida democrática interna do PSD, capturando-o e pondo-o ao serviço de interesses pessoais. Porém, não se pode tomar o todo pela parte, não somos todos iguais. A esmagadora maioria dos militantes do PSD, assim como os cidadãos que participam na vida política e cívica, são motivados por imperativos de consciência e por causas generosas.
▪ Encorajar a Comissão Política Nacional do PSD a exigir, de forma mais enfática, que Ministério Público e os tribunais exerçam o seu desígnio mais nobre, isto é, que cumpram a Constituição, apliquem as leis e façam justiça! Para tanto é necessário garantir que todos os cidadãos têm direito a uma defesa justa, no tempo certo, prevenindo os julgamentos na praça pública e a disseminação de um labéu sobre a generalidade das pessoas que exercem funções político-partidárias. Vimos, ouvimos, lemos e sentimos que não podíamos ignorar. Por isso, aqui estamos a apoiar, a apelar e a encorajar a direção política nacional, sem taticismos de circunstância, a afirmar o PSD como um referencial de esperança. Portugal e os portugueses precisam de um PSD forte e credível, sem medo de enfrentar os problemas criados pela governação do PS.
Um grupo de militantes do PSD de Lisboa.