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    Histórias d’África – Garrafas de plástico PET são para utilizar uma única vez

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    Subsistem dúvidas sobre a reutilização das garrafas de plástico, aquelas que adquirimos com água mineral. E não é mesmo boa ideia reutilizar uma garrafa de plástico PET. A afirmação não assenta sobre opiniões, antes na ciência enquanto resultado de inúmeras pesquisas e ensaios sobre a utilização e reutilização de embalagens de plástico PET.

    Os recipientes de plástico contêm um produto químico chamado BPA, entre outros. Os resultados de diversas pesquisas mostram que esses produtos químicos podem infiltrar-se na água, especialmente quando expostos ao calor ou à luz solar directa. Os compostos podem causar diferentes enfermidades a prazo.

    A garrafa PET é uma resina termoplástica da mesma família do poliéster, os vulgarmente designados por polímeros. Contêm dois tipos de resinas: o termofixa e a termoplástica. A resina termoplástica é um polímero artificial que permite ser moldado, dependendo da temperatura. Na composição original, o PET é Politereftalato de etileno.

    Por isso, estras garrafas são desenhadas e fabricadas somente para uma única utilização.

    A espanhola Montse Hidalgo publicou no passado dia 22 de junho, no portal “Meteored” um artigo interessante sobre o tema que, de forma simples, explica esta problemática.

    Devo referir que não é uma questão radical de pressionar a sociedade a acabar com a indústria dos plásticos. Este é um outro tema. Realmente, os plásticos tornaram-se “nossos amigos” – crença e uso generalizado – no início da década de 80’ do século passado. E simplesmente por ser um material inerte, leve, resistente e transparente. Acreditou-.se como ideal para a fabricação de embalagens para bebidas e alimentos.

    Montse Hidalgo explica que “o principal risco não está relacionado com a proliferação de bactérias, mas antes com os químicos presentes no próprio plástico, que podem contaminar o líquido”.

    Adictivo Bisfenol A, o mais nocivo

    Afinal, quais são os componentes químicos libertados na água?

    A autora do artigo em “Meteored” esclarece aquilo que muitos de nós sabemos: “a maioria das garrafas de plástico é fabricada com policarbonato, uma resina que, por sua vez, contém o aditivo BPA ou Bisfenol A, que são precisamente os dois componentes “nocivos” que podem ser libertados no conteúdo que mais tarde iremos ingerir”.

    Obviamente que a quantidade libertada é mínima, mas o que não se recomenda é o uso repetido da mesma garrafa ou embalagem “porque neste uso diário pode ser exposto a situações que envolvem mais perigo, como a exposição do plástico a altas temperaturas”.

    Mas a reutilização das garrafas de água de plástico ‘PET’ esconde outras evidências: a proliferação de microrganismos que se transferem da nossa boca, das mãos (que lavamos menos do que devíamos) e do ambiente em si mesmo. Depois, estas garrafas ficam sujeitas a fissuras quando expostas ao calor e ao Sol tornando-se superfície ideal para a multiplicação de bactérias.

    O plástico, particularmente garrafas ou parte delas significam 80% do lixo que se encontra nos oceanos. Durante a última década, as vendas de garrafas de plástico ‘PET’ ultrapassam os 2 .000.000 de toneladas anuais e apenas 6% são recicladas. Estimativas de estudo apresentado em 2018, apontam para que em 2050, caso se mantenha a utilização do plástico nos moldes actuais, cerca de 12.000 milhões de toneladas de lixo plástico serão depositados em aterros ou na natureza.
    Não reutilizar as garrafas não significa que não tenhamos o dever social e ambiental de as deitar no lixo e preferencialmente nos chamados ecopontos, no contentor apropriado, o de cor amarela onde também deve depositar sacos e embalagens de plástico, latas de bebidas e conservas.

    Montse Hidalgo convida-nos a observar atentamente o rótulo no funo da garrafa, chamando à atenção para a numeração de 1 a 7 que se encontra dentro de um triângulo que se encontra formado por setas. E esclarece: “Se aparecerem os números 3, 6 e 7, não as reutilize, pois são feitas de plásticos não recicláveis. Além disso, são especialmente contra-indicadas para mulheres grávidas ou a amamentar, uma vez que libertam o BPA que já mencionámos”. E adianta que “os números 1, 2, 4 e 5, por outro lado, são um pouco mais seguros para a saúde, embora as autoridades sanitárias recomendem a não utilização mais do que uma vez”.

    Curiosidades

    Foi em 1904 que surgiram realmente as embalagens de plástico, Plastic Insights.

    Aconteceu num restaurante francês: Jacques Brandenberger – reputado químico – teve a brilhante ideia de criar um tecido que pudesse ser limpo com um pano seco ou húmido sem precisar de ser lavado depois de observar o incómodo sob vários pontos de vista de uma toalha encharcada de vinho.

    De qualquer modo, o plástico está associado ao material orgânico derivado da celulose que se designou por parkesiana, apresentado pelo químico Alexander Parkes na “Great London Exposition”, a Grande Exposição Internacional em 1862.

    – por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)

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