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Histórias com Motor – 33! Diga lá outra vez

33! Diga lá outra vez… O Mundo da automação vai repetir este número no dia 30 deste mês de agosto, provavelmente muitas vezes.  Pode ser o lema da Alfa Romeo pela terceira vez na sua história. Mas o construtor promete que o novo modelo com a designação encerra uma viagem de 56 anos, ao célebre 33 Stradale desenhado por Franco Scaglione, um modelo de que apenas se construíram 18 exemplares. Um super-desportivo que na época que tinha um motor sui-generis: um bloco de 8 cilindros dispostos em V com apenas 2,0 litros – precisamente 2.000 centímetros cúbicos de cilindrada – que conseguia rodar a 230 Km/h de modo estável, uma velocidade máxima de 260 Km/h e percorrer dos 0 aos 100Km/h em 5,6 segundos e, em 4,9”, na versão de corrida. Também se lhe reconheceu duas características extraordinárias: um peso de 690 quilogramas e uma tracção traseira RWD.

Dia 30, os Mundo dos apaixonados da coisa do automóvel conhecerão o novo ’33’, o verdadeiro sucessor do emblemático 33 Stradela de 1967. Todos os ensaios que se têm publicado são especulação, embora alguns sejam apresentados pela própria marca. Nós arriscamos que o novo modelo será em todo semelhante ao desta imagem

O ’33 Stradale’ foi então o automóvel desportivo mais caro do mercado.: custava 9.750.000 liras, enquanto – por comparação – um Ferrari 275 GTB custava 6.500.000 liras e um Lamborghini Miura 7.700.000. E para os críticos foi um dos mais belos automóveis construídos: Una delle auto più belle mai costruite!

Só encontramos a razão da designação para um fabricante que olha para o lado muitíssimas vezes; para alguém que pode, quer e manda e, certamente, consumido de se cruzar nas estradas com tantos SUV e viaturas sem carácter, tremendamente iguais, reveladores da enorme falta de criatividade da indústria que aceita globalizar o design impingido pelos construtores chineses, nos 100% electrificados. A Alfa Romeo promete um superdesportivo de sonho e exclusivo no número de exemplares e em tudo o resto.

33 Stradale 1967 02 e 33 Stradale 1967 04 – O ’33 Stradale’ de 1967 foi o automóvel desportivo mais caro do mercado.: custava 9.750.000 liras, enquanto – por comparação – um Ferrari 275 GTB custava 6.500.000 liras e um Lamborghini Miura 7.700.000. E para os críticos foi um dos mais belos automóveis construídos. Tinha um motor sui-generis: um bloco de 8 cilindros dispostos em V com apenas 2,0 litros que conseguia rodar a 230 Km/h de modo estável, uma velocidade máxima de 260 Km/h e percorrer dos 0 aos 100Km/h em 5,6 segundos e, em 4,9”, na versão de corrida

Sabe-se pouco do projecto: somente que será fortemente influenciado por um dos modelos mais enaltecidos do passado, o 33 Stradale, soando com ilusão uma espécie de ícone da marca. Tal como em 1967, joga-se a comparação – assuma-se a devida distância do passar dos anos – com a Ferrari, a marca de prestígio do mesmo universo e contribuinte para este novo projecto.

A designação ‘33’ também entrou no Mundo dos automóveis familiares para a classe média em 1983, numa história que durou até 1995. Celebrizou-se pela utilização de motores boxer de quatro cilindros opostos, colocados longitudinalmente. Tinha formas bastante simples e rectilíneas, para-choques plásticos, grande área envidraçada e um meio volume na traseira que fazia lembrar o modelo Ford Escort de então. Em 1984, apareceu a primeira proposta de tracção integral temporária, desenvolvida em conjunto com a japonesa Subaru, voltada para a utilização nos meses de Inverno, e não para dispor de comportamento desportivo. Pois este comportamento apenas poderia ser obtido com um sistema de tracção integral permanente, que apareceu mais tarde – a partir de 1994 e até 1995 – como uma opção para motores mais potentes chamada Permanent4 ou Q4. O modelo ao longo das suas três séries foi equipado com 6 motores: 1.300 c.c./1.400 c.c./1.500 c.c./1.700 c.c., todos de 8 válvulas; 1.700 c.c. de 16v e um motor de 1,8 litros turbo diesel. Curiosidade menos conhecida foi o protótipo do monovolume Z33 da autoria de Zagato e que era relativa semelhante ao Renault Scénic

De qualquer modo adivinha-se uma única certeza: utilização do motor do Giulia Quadrifoglio, GTA e GTAm, o bloco de 6 cilindros em V, a 90 graus, com 2.891 cc com uma potência entre os  532 e 560 cavalos. Mas a unidade térmica será ‘ajudada’ por um motor eléctrico que lhe poderá permitir ultrapassar os 800 cavalos de potência combinada, embora nos surpreenda o acréscimo de potência num conjunto híbrido.

Seja como for Jean-Philippe Imparato, director-Executivo da Alfa Romeo anuncia que o ‘33’ será um “sonho tornado realidade, inspirado numa equipa ousada que quer alcançar algo único“. Trata-se de um desígnio da marca se superar do ponto de vista tecnológico e naturalmente fazê-lo relativamente ao mítico ‘8C Competizione’.

Também de maior singularidade será o preço adiantado que se situará na faixa dos 500 mil ao milhão de euros.  E os alfistas devem apontar a data nas suas agendas: 30 de agosto, em Monza, nas vésperas do Grande Prémio de Fórmula 1, marcado para 1, 2 e 3 de setembro.

Alfa Romeo deixa Sauber e prepara acordo com a estadunidense HAAS

No final desta temporada, a Alfa Romeo terá de abandonar a equipa suíça Sauber porque foi adquirida pelo Grupo Volkswagen para constituir o projecto Audi na Fórmula 1. Deixa de existir a Alfa Romeo Racing, mas a marca continuará na Fórmula 1 sem dar nome a uma equipa.

A responsabilidade recairá na estadunidense Haas Formula LLC, a actual MoneyGram Haas F1 Team que já é equipada com motores Ferrari, mas que não pode ceder o nome da equipa. Contudo, Günther Steiner – administrador e engenheiro italiano e atual chefe da equipe Haas F1 Team – assegura que se encontram a estudar outras formas de união para que a marca italiana continue representada na Fórmula 1.

MoneyGram Haas F1 Team – fundada por Gene Hass – tem sede em Kannapolis, na Carolina do Norte, e uma sucursal europeia no Reino Unido, em Banbury, em Oxfordshire, neste último caso para optimizar a assistência à equipa durante os grandes prémios disputados nos circuitos europeus.

A Haas também detém a Stewart-Haas Racing que compete na NASCAR, National Association for Stock Car Auto Racing – leia-se em português, Associação Nacional para Corridas de Carros de Série – que é uma associação automobilística estadunidense que aprova e controla múltiplos eventos do desporto motorizado, particularmente competições de “stock cars”.

– por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)

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