O furto de relógios de luxo – sobretudo de marcas suíças ou fabricados naquele país – cresce nas maiores cidades europeias e um pouco por todo o planeta, naqueles países onde a segurança e as penas são mais flexíveis e brandas, ou seja, onde a Justiça acaba por favorecer mais o prevaricador que os lesados ou ofendidos. Segundo a agência de notícias Bloomberg, em 2022, foram registados o desaparecimento de 80.000 relógios das grandes marcas, no valor de 1,3 mil milhões de dólares. Também todos foram inscritos na The Watch Register, empresa que coopera com os proprietários, leiloeiras e revendedores na identificação de relógios roubados.
Só no ano passado, à lista da The Watch Register, acrescentaram-se mais 6.815 relógios, o que significa um aumento superior a 60% relativamente a 2021.
A situação mais crítica acontece em Londres. Depois, porventura encontram-se Paris e Barcelona. Na capital da Grã-Bretanha, todos os meses furtam-se, em média, 100 relógios de modelos da marca Rolex e 50 Patek Philippe. Acontece quase sempre em plena luz do dia e com violência extrema.
As estatísticas revelam que a Rolex é a marca mais mencionada nas denuncias, com 44% dos desaparecimentos ou roubos. Seguem-se a Omega e a Breitling

Sabe-se que estas peças de joalheira, dedicadas sobretudo aos homens, são ‘comercializadas’ por grupos organizados nos antigos países de Leste, em África e na América latina. Já foram publicadas algumas reportagens jornalísticas sobre o tema
Já no final da semana passada uma das notícias mais inesperadas surge nos EE.UU.: no dia 20 noticiava-se o fecho de alguns milhares de lojas, principalmente em São Francisco, precisamente pelo aumento dos furtos organizados.
Na Califórnia, o mesmo aconteceu há dois anos porque os delinquentes aproveitaram uma alteração na Lei daquele Estado Federado, o mais populoso do país, com 39 538 223 habitantes – também é o terceiro em extensão territorial, superado apenas pelo Alasca e pelo Texas – porque os crimes de furto até 950 dólares deixaram de ser tecnicamente crime e as penas para contravenções maiores até valores da ordem dos 5.000 dólares têm punições brandas. Assim, os assaltos a farmácias e a lojas do comércio generalista são organizados e perpetrados por bandas, para que a divisão do material roubado possa ter valores mais baixos ao dividir pelo número de ladrões. Deixamos três links que mostram vídeos que podem deixar uma ideia dos roubos que estão na moda.
– por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)