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SINTRA | Integração e Eficiência logística

SINTRA - Projeto i4efficiency – Identificador inteligente de integração e eficiência logística

Sintra | Projeto i4efficiency – Terminou agora o projeto “i4efficiency – identificador inteligente de integração e eficiência logística”. O projeto financiado pelo programa Ambiente no âmbito dos EEA grants teve como promotor a ZERO numa parceria com a Câmara Municipal de Sintra, a CIAUD (Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa) e três empresas, a Delta Post (logística), a Marlo (tecnológica) e a VTMAR (comunicação).

O projeto incidiu em duas áreas do concelho de Sintra, consideradas como laboratórios vivos, na União de Freguesias de Sintra e na União de Freguesias de Massamá e Monte Abraão.

O objetivo central visou desenvolver um sistema inovador com vista ao desenvolvimento de atividades de incremento de eficácia e eficiência da atividade logística, nomeadamente nas atividades de distribuição postal, assistência técnica e manutenção de contadores, bem como na gestão de resíduos urbanos, de onde resulta uma otimização no número de veículos e recursos necessários nessas operações, com consequente redução de emissões de CO2.

O projeto assentou assim em 3 elementos nucleares integrados:

  • Uma solução digital que permite orquestrar e gerir de uma forma otimizada todos os processos de logística urbana;
  • O desenvolvimento de um Identificador Único de Endereço (IUE), um código que identifica inequivocamente um endereço físico, promovendo o incremento de eficácia e eficiência da atividade logística, ao qual podem ser atribuídas várias categorias e descritores;
  • Implementação de uma combinação de iniciativas complementares ao nível dos laboratórios-vivos que vão exponenciar os impactos da plataforma e do IUE.

Ao mesmo tempo o projeto criou maior flexibilidade e comodidade para as populações na forma como são servidos e promoveu o aumento das taxas de reciclagem de resíduos.

Interação entre a tecnologia e os utilizadores

No âmbito do projeto, a criação de uma aplicação que faz a ligação entre os utilizadores e uma plataforma digital permitiu uma melhor gestão de circuitos de entrega na área logística e mais eficácia na recolha de resíduos. Para este resultado também contribuiu a criação de dois Hub logísticos no mercado da Estefânia em Sintra e no mercado de Massamá, que servem de ponto de concentração de mercadoria e de apoio para as operações de logística nos circuitos de última milha, nos quais são utilizados veículos elétricos. Neste HUB estão também disponíveis um conjunto de cacifos onde os utilizadores podem recolher encomendas, por via de código que recebem via aplicação e plataforma digital.

Na área da gestão de resíduos foram entregues kits com contentor doméstico para resíduos orgânicos e sacos com código RFID (associados a cada IUE), para separação de indiferenciado e biorresíduos, os quais podem ser renovados por pedido via aplicação digital. Ao mesmo tempo foram colocados contentores coletivos nas ruas associadas ao projeto, com código de abertura e leitor de códigos RFID o que permite ao sistema contabilizar os resíduos recolhidos e ao utilizador saber depois na plataforma quanto produz e de que modo o seu comportamento tem impacte positivo no ambiente, nomeadamente em termos de redução de emissões de CO2. Foi ainda desenvolvido o IUE temporário, o qual pode servir para eventos pontuais, e que foi aplicado a grandes produtores no âmbito da realização do mercado de Massamá.

Resultados demonstram vantagens deste sistema

  • São inequívocos os benefícios que decorrem do recurso a estes processos que conjugam tecnologia e soluções inovadoras, seja ao nível ambiental em termos de redução de emissões de CO2, ao nível económico para a atividade das empresas que operam na região e ao nível da comodidade para os utilizadores que utilizam estes serviços.
  • Foi já possível constatar um aumento do tempo útil de distribuição na atividade postal, em 27%, resultante da concentração das mercadorias nos Hub em detrimento de tempo de transporte.
  • A otimização obtida através da informação concentrada no IUE e a utilização dos meios complementares de entrega com recurso aos cacifos resultou num decréscimo de 2% na taxa de objetos avisados (objetos que não são entregues na 1ª tentativa).
  • A taxa de participação dos utilizadores na componente de separação dos resíduos é de 330 em 400 estimados como aderentes o que indica uma taxa de adesão elevada na separação de biorresíduos, face ao que se passa noutros locais fora do âmbito deste projeto.
  • Também se constata um aumento da eficiência nas atividades de assistência técnica, com base nas caracterizações dos locais, agregadas no IUE ainda que aqui ainda consideremos que se pode ir muito mais longe com a adesão e adaptação dos diversos operadores a esta esta nova ferramenta.
  • Os dados ainda provisórios relativos à redução das emissões de CO2 resultantes do recurso a estes meios são significativos se considerarmos a reduzida área de intervenção do projeto e o potencial que resultaria da sua expansão alargada a nível regional e a novos serviços a utilizá-lo.
  • O projeto demonstrou a importância da divulgação e do contacto direto com a população com vista a uma maior aderência a estas novas propostas que implicam também o uso de novas tecnologias, ao mesmo tempo que permitiu demonstrar como os utilizadores podem ser também incentivados à participação pelo facto de receberem informação personalizada e quantificada sobre o impacto ambiental positivo das suas ações.

Sintra | Projeto i4efficiency – Um potencial a explorar

É expectativa do promotor e dos parceiros deste projeto que este tipo de tecnologia, possa ser alargado a outros locais e seja utilizada por outros operadores e serviços. Nesse sentido pensamos que o i4efficiency reúne o potencial para o seu envolvimento futuro em Planos de Mobilidade Urbana Sustentável, e poderá ter um papel determinante nos Planos de Logística Urbana Sustentável (PLUS) a promover ao nível municipal.

Pode ser também uma ferramenta potenciadora da criação de Low Emission Zones (LEZ) ou mesmo de Zero Emission Zones (ZEZ) pelo contributo à mitigação de emissões provenientes de veículos de carga.

Futuramente, o enquadramento do i4efficiency pode adquirir interesse nacional, considerando a sua maturidade e o seu contributo enquanto Plataforma de Gestão Urbana, por via da implementação da Estratégia Nacional para os Territórios Inteligentes (ENTI).

Esta solução tem também potencial ao nível da sua integração nas políticas de gestão de resíduos nos espaços urbanos, nomeadamente no cumprimento das obrigações europeias e nacionais neste domínio.

Sobre o EEA Grants – Sintra | Projeto i4efficiency

Através do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu (EEE), a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega são parceiros no Mercado Único com os Estados Membros da União Europeia. A fim de promover um reforço contínuo e equilibrado das relações económicas e comerciais, as partes do Acordo EEE estabeleceram um mecanismo de financiamento plurianual conhecido como as Subvenções do EEE. As subvenções do EEE visam reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa através do reforço das relações bilaterais com os países beneficiários. Para o período de 2014-2021, foi acordada uma contribuição total de 2,8 mil milhões de euros para 15 países beneficiários. Portugal irá receber um montante de 102,7 milhões de euros.

Sobre o projeto – Sintra | Projeto i4efficiency

A logística urbana de serviços inclui operações como a entrega e recolha de mercadorias, o processamento de resíduos e também serviços que envolvem estafetas, como leituras de contadores. Sabe-se que a ineficiência deste processo impõe mais pressão sobre as zonas urbanas o que traduz-se num impacto significativo nas emissões de carbono que, no caso do município de Sintra, se estima na ordem das 94.000 tonCO2/ano.

Para resolver estes desafios em Sintra, o projeto propõe uma abordagem integrada, contemplando diversas soluções de logística inteligente, baseadas na colaboração e partilha, que otimizam o número de veículos e recursos necessários nas operações.

Fonte: Zero.ONG

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