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Os Direitos Humanos e a Economia

Houvesse da parte dos Europeus uma atitude coerente com os ideais Europeus e porventura o mundo seria bastante diferente. Infelizmente e como mau exemplo, a coerência não é o forte de muitos eleitos para o Parlamento Europeu, onde podemos encontrar candidatos de primeira linha que durante todo o tempo foram anti-CE e agora se perfilam como putativos candidatos a um lugar de luxo em Bruxelas.

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Para além do que a diplomacia e as organizações internacionais poderiam fazer (e receber Xi Jinping, ditador chinês em França, com honras protocolares, não abona nada a Europa), cabe aos Cidadãos, através das suas opções de consumo, tomar uma posição coerente com a defesa dos direitos humanos.

Para além do facto das isenções fiscais e processuais de que gozam, por exemplo, os cidadãos chineses que abrem o seu negócio em Portugal, que distorcem a concorrência, continuamos a ver sinais de hipocrisia perante o dito boicote às importações da Rússia e isto porque, ainda há uns dias atrás, foi notícia, a descarga de gás russo em Sines do navio Boris Davydov, proveniente do porto russo de Sabetta.

Todos sabemos que o governo do partido comunista chinês subsidia as suas empresas exportadoras – isto é injusto para as empresas Europeias. Todos sabemos as condições em que a maioria dos trabalhadores chineses sobrevive… Porque não são aplicadas as regras europeias aos produtos que a Europa importa?

Como podemos, nós os Cidadãos, ser parte ativa na defesa dos Direitos Humanos? Usando a nossa maior arma – o boicote ao consumo de produtos de países que violam os Direitos Humanos.

Se muitos de nós tomarmos esta atitude no consumo de forma continuada, podem crer que a mensagem vai passar, pelo menos, passará aos que importam para Portugal os produtos desses países e isto é válido para os produtos agrícolas de Israel ou para os produtos chineses do ebay, assim como os produtos de marca de roupa que sabemos em que condições são produzidos e mesmo para os automóveis elétricos produzidos na china. Tenha o cuidado de verificar a origem dos produtos e haja com sentido de cidadania condenando, pelas suas opções de consumo, os regimes que oprimem e chacinam outros povos. Condenar o regime russo é boicotar os produtos russos e dos seus aliados na guerra como cuba (envia soldados), bielorússia, S.Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, china. Quando tratar das suas férias, por exemplo, prefira Cabo Verde (que já manifestou a sua oposição à rússia) em detrimento de S.Tomé ou cuba – é fácil, basta você querer.

Os países dos regimes opressivos e seus apoiantes só entendem uma coisa – os reflexos na sua economia das suas decisões e atitudes.

Houvesse da parte dos Europeus uma atitude coerente com os ideais Europeus e porventura o mundo seria bastante diferente. Infelizmente e como mau exemplo, a coerência não é o forte de muitos eleitos para o Parlamento Europeu, onde podemos encontrar candidatos de primeira linha que durante todo o tempo foram anti-CE e agora se perfilam como putativos candidatos a um lugar de luxo em Bruxelas.

[atualização] De vez em quando uma notícia que nos dá esperança – A Presidente da Geórgia vetou a “lei russa” porque, explica, tal lei contraria os princípios europeus da CE, a que o seu País quer aderir em pleno.

– António Guedes Tavares, diretor

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