As fraudes cibernéticas tornaram-se uma espécie de praga. Milhares de Hackers ou ciber atacantes com menor nível de especialização agridem diariamente pessoas, empresas e administrações públicas, para capturarem todo o género de dados e ficheiros, principalmente pessoais, de contas bancárias e tudo o que possa ter valor acrescentado no mercado da transgressão. Embora estejamos a falar de crime, estas acções encontram-se consubstanciadas em legislação incongruente e pouco eficaz. Desde logo a investigação é morosa e exige ferramentas tecnológicas e meios humanos especializados, ou seja, investimento avultado. Nos países europeus mais vulneráveis e abertos a residentes de todos os continentes as queixas avolumam-se. Ora este estado social vulnerabiliza também as forças de segurança dos Estados. Depois, encontramos audazes sem escrúpulos que pouco se importam em mostrar a “cara” meio encapuzada, dispondo dos seus próprios endereços de correio electrónico para atingir terceiros. É o desespero dos derrotados, dos que se habituam a abusar do poder que não têm e a apoderarem-se do que não lhes pertence; dos verdadeiros delinquentes.
‘Assaltado’ por audazes com @mails maliciosos
Há dias fomos atacados por @mail’s com ficheiros encriptados que geram informação de worms, ou seja, programas maliciosos capazes de absorver todos os arquivos e dados existentes tanto em computadores como em telefones celulares, se abrirmos os respectivos ficheiros.
Pergunta-se. E quem são os maus da fita? O que posso afirmar é que as mensagens foram procedentes dos dois endereços de correio electrónico: acpbarreto@sapo.pt e apbarreto@sapo.pt, pertencentes a António Carlos P. de Carvalho Barreto e a Ana Paula Bartolomeu Pereira Sousa Barreto, respectivamente. Ambos os infractores jogaram na possibilidade de que nós os visados somos suficientemente descuidados em matéria informática para abrir qualquer ficheiro e que talvez ignorássemos em que se consubstanciam worms ou classificadores maliciosos…. Mais interessante foi verificar que a minha resposta para apbarreto@sapo.pt foi bloqueada. De qualquer modo, apenas tentei explicar que em Espanha, o envio / recepção deste género de ficheiros podem considerar-se delito. O ataque que sofremos foi através de 5 endereços de @mail, incluindo um ‘hotmail.com’ pouco ou nada utilizado.
Os @mail’s recebidos correspondem a 3 referências diferentes relativamente a documentos anexados, todos como se fossem comprovativos de pagamentos que nos podiam dizer respeito, ou seja, comprovativos de pagamentos que supostamente deviam ter sido realizados pelos destinatários.
Aconselho a seguirem o meu critério: Não colocarem nos dispositivos móveis as aplicações de todas as contas bancárias que possuam: deixem “adormecida” – fora dos telemóveis – a conta onde têm maiores poupanças que não deverá ser utilizada para os pagamentos correntes. Assim, salvaguardam as contas com maiores depósitos monetários. Em princípio esta nova espécie de terroristas que se escondem nas ‘nuvens’do ciberespaço, enviam mensagens a partir de Odivelas, um município da área metropolitana de Lisboa, num piso situado no número 55 da avenida professor Augusto Abreu Lopes.
– Texto por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico) ▪ fotografias de José Maria Pignatelli