A Polícia de Segurança Pública (PSP), acompanhada pelo Ministério Público, no passado dia 19 de dezembro, realizou uma operação policial de prevenção criminal junto ao Martim Moniz e na Rua do Benformoso em Lisboa, após denúncias de ocorrências naquela área relacionadas com uso de armas brancas e tráfico de droga, que têm gerado um enorme sentimento de insegurança nos moradores daquela zona.
As estatísticas específicas de criminalidade na zona do Martim Moniz e na Rua do Benformoso em Lisboa não são publicamente detalhadas, mas há informações recentes de que nos últimos dois anos, foram aí registados 52 crimes violentos e graves, incluindo ofensas à integridade física e homicídios, bem como apedrejamento, pelo menos, a um carro-patrulha.
Os detratores da referida operação da PSP para a minimizar dizem que foi um fiasco porque resultou unicamente na detenção de dois indivíduos de nacionalidade portuguesa, mas este tipo de ações são perfeitamente justificadas, numa perspetiva mais lata de prevenção policial, numa zona marcadamente multicultural, com múltiplas práticas sociais contrárias à matriz da civilização judaico-cristã, com elevados índices de criminalidade e onde há um grande sentimento de insegurança dos residentes, nomeadamente, dos portugueses que aí querem manter as suas habitações.
Comentadores e partidos políticos de esquerda, acusam a PSP de atuar com uma motivação racial ou étnica contra imigrantes, o que é difamatório, não se compreendendo o silêncio da Ministra da Administração Interna perante mais um ignóbil ataque a esta Força de Segurança. O silêncio de Margarida Blasco faz lembrar o seu mandato de sete anos, entre 2012 e 2019, como Inspetora-Geral da Administração Interna, em que fez acusações de racismo à PSP e críticas generalizadas a polícias. Agora teve a recompensa e foi nomeada Ministra.
A nomeação de Margarida Blasco, como Ministra da Administração Interna, foi um erro de casting do Primeiro-Ministro, deixando mais uma vez as Forças de Segurança sem proteção política perante os inúmeros ataques de que continuam a ser alvo.
Muitos dos ataques às Forças de Segurança são oriundos do PS que tem, desde sempre, uma relação pouco amigável com a PSP e a GNR, razão pela qual lembrei, no título deste artigo, a frase de Mário Soares, enquanto Presidente da República, “Ó senhor guarda, desapareça, não queremos polícias aqui”. O PS de hoje mantém inalterado este registo bem antigo.
Miguel Coelho, o Presidente socialista, da Junta de Freguesia que integra a zona do Martim Moniz, considera que a operação da PSP aí ocorrida no passado dia 19 de dezembro, foi “completamente inaceitável” sugerindo haver “motivações rácicas ou étnicas”, ao passo que o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, defende este tipo de ações policiais porque, segundo ele, continua a existir uma perceção de insegurança na cidade.
Duas visões antagónicas sobre a política de segurança na cidade de Lisboa, antecipando a luta partidária pela conquista da respetiva Câmara Municipal, em que os socialistas já iniciaram a campanha eleitoral junto dos imigrantes que possam votar nas autárquicas. Se não é, parece.
Apesar de todo este ruído a PSP mantém-se serena continuando, e bem, as suas operações policiais, como aconteceu no passado dia 23 de dezembro, no Largo de São Domingos, em Lisboa, zona onde também há inúmeras reclamações e queixas de residentes pela insegurança que aí se vive, imperando o consumo de droga e a venda ambulante, muita dela para escoar práticas criminosas de recetação.
Há muitas outras zonas urbanas, onde as Forças de Segurança enfrentam grandes desafios relacionados com a criminalidade, como recentemente ocorreu na área da Grande Lisboa, mas os elementos da PSP e da GNR, apesar de tão maltratados pelo Governo têm sido capazes de assegurar a tranquilidade e a paz dos cidadãos. Vamos ver até quando.
As Forças de Segurança e o atual Governo não podem permitir que se organizem em território português autênticos santuários de criminalidade, sejam de imigrantes ou de portugueses de origem, mesmo que isso crie azedume na rapaziada do SOS Racismo e dos partidos políticos da esquerda, que recorrerão à cretinice do costume de apelidar de fascistas e racistas todos aqueles que apoiem robustas ações da PSP em zonas de maior perigosidade para o cidadão comum.
As Forças de Segurança, para além de apoio político, necessitam de melhor equipamento e mais operacionais, ter capacidade para atrair jovens que aí queiram fazer as suas carreiras profissionais, com vencimentos e suplementos de risco mais justos e adequados e o reconhecimento da profissão de desgaste rápido, com acesso a reformas antecipadas.
Espera-se que a esquerda política portuguesa possa finalmente compreender que ações policiais mais ou menos robustas, conforme as diferentes situações de risco, são absolutamente essenciais para manter a ordem pública em zonas afetadas pela criminalidade. Não há outra forma de assegurar a segurança dos cidadãos.
– Fernando Pedroso, Líder da bancada do CHEGA na AMO e Adjunto do Conselho Jurisdicional do CHEGA
Publicado na Revista NoticiasLx: