A coreografia da diversidade cultural no Concelho de Odivelas

O Município de Odivelas, não está interessado em monitorar, no seu território, os imigrantes, legais e ilegais, o que poderia ser feito através de maior rigor na emissão de atestados de residência passados pelas Juntas de Freguesia, nem coloca os seus serviços de fiscalização a controlar as garagens, as lojas e os armazéns, onde a população local sabe que dormem amontoados e em condições sub-humanas dezenas de estrangeiros, em situação de pobreza extrema.

Há algum tempo o Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, o socialista, Hugo Martins, participou num evento indostânico, tendo agora sido reavivadas publicamente fotografias dessa ocasião em que aparecia com um turbante tradicional dessa comunidade.

Essa fotografia do Presidente da Câmara, Hugo Martins, com o referido turbante indostânico, mantém-se atual, sendo um símbolo de que a política de interculturalidade do Município de Odivelas está há bastante tempo desajustada da realidade vivida, no dia a dia, pelas populações locais.

O facto dessa antiga fotografia do Presidente da Câmara Municipal, Hugo Martins, ter sido recentemente reavivada publicamente, será uma consequência da presente situação social do Concelho de Odivelas, com bairros onde, em determinados dias, nos espaços públicos, o número de cidadãos migrantes é tão predominante que a presença portuguesa se torna praticamente invisível. Só não vê, quem não quer.

O atual número de imigrantes radicados no Concelho de Odivelas é semelhante ao que se verifica nos grandes centros urbanos, representando cerca de 15% de população estrangeira, à volta de 25 mil pessoas, mas provavelmente serão muitos mais, de múltiplas culturas e costumes.

A realidade é que pelas ruas da cidade de Odivelas, servida pelo Metropolitano, o que facilita a mobilidade, circulam muitos estrangeiros, alguns com evidentes sinais de não estarem e não quererem ser integrados na cultura portuguesa.

Esta situação preocupa largos setores da população do Concelho de Odivelas, nomeadamente, com o impacto social de uma excessiva concentração, num território pequeno, de milhares de imigrantes com culturas bem distintas da portuguesa, o que impacta negativamente no acesso aos serviços públicos e na falta de  segurança, cada vez mais sentida pela generalidade das pessoas locais, mas tudo isso continua a não estar na agenda socialista do Executivo Municipal que prefere fingir que o problema não existe. 

A Câmara Municipal de Odivelas tem uma política muito desequilibrada entre o apoio às comunidades migrantes, sejam legais ou ilegais, e a proteção dos interesses e anseios das populações, nomeadamente das mais velhas e economicamente vulneráveis. A balança pende claramente a favor das comunidades migrantes. Verifica-se igual situação em determinadas franjas populacionais ditas minoritárias que preferem não trabalhar e viver à custa do erário público.

O Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, não manifestou intenção de pretender modernizar e atualizar a política concelhia relativa a imigrantes, com vista a que estes respeitem e cumpram a cultura e a lei portuguesas, não se organizando em guetos sociais com costumes contrários ao modo de vida do mundo ocidental.

Um exemplo de uma errada política local relativa a imigrantes, é o facto dos refeitórios das escolas da rede pública em Odivelas, disponibilizarem, desde o ano letivo 21/22, refeições Halal, pequeno-almoço, almoço e lanche, o que constitui uma discriminação positiva a favor de uma comunidade, em desfavor de outras.

O Presidente da Câmara Municipal de Odivelas tem muito orgulho neste projeto das refeições Halal que diz ser pioneiro em Portugal porque respeita a diversidade, mas pelo contrário alimenta a segregação de comunidades, não as integrando na cultura portuguesa.

A multiculturalidade tem de respeitar o modo de vida dominante nas sociedades de acolhimento, devendo as refeições Halal ficar circunscritas aos restaurantes da especialidade ou à casa de cada um, mas nunca a refeitórios tutelados por entidades públicas.

O Município de Odivelas, não está interessado em monitorar, no seu território, os imigrantes, legais e ilegais, o que poderia ser feito através de maior rigor na emissão de atestados de residência passados pelas Juntas de Freguesia, nem coloca os seus serviços de fiscalização a controlar as garagens, as lojas e os armazéns, onde a população local sabe que dormem amontoados e em condições sub-humanas dezenas de estrangeiros, em situação de pobreza extrema.

Algumas das Juntas de Freguesia do Concelho de Odivelas emitem para imigrantes atestados de residência às dezenas para a mesma morada, sem qualquer tipo de controlo prévio, parecendo privilegiar a arrecadação de receita em detrimento de uma adequada gestão da densidade populacional dos seus territórios.

O Município de Odivelas enfrenta desafios inerentes à existência no seu território de uma grande multiplicidade de nacionalidades, pelo que a republicação numa rede social de uma antiga fotografia do Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, com um turbante da comunidade indostânica, provavelmente pretenderá sinalizar, por parte da sociedade civil, a inexistência de uma adequada política concelhia de multiculturalidade, evidenciando um desfasamento entre o pensamento das elites locais socialistas e a realidade vivida pelos munícipes.

O que a população do Concelho de Odivelas necessita não é de fotografias, com mais ou menos antiguidade, do seu Presidente de Câmara, mas sim de uma liderança forte e comprometida em resolver os problemas estruturais referentes à imigração que afetam o Município. Até que isso aconteça a fotografia com o turbante continua atualizada como folclore eleitoral e político.

– Fernando Pedroso, Líder da bancada do CHEGA na AMO e Adjunto do Conselho Jurisdicional do CHEGA

Publicado na Revista NoticiasLx:

NoticiasLX de 25 de Janeiro de 2025 – Loures e Grande Lisboa Informação | Opinião | Área Metropolitana

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