A Associação Portuguesa de Media Digital (APMEDIO) emitiu hoje uma resposta contundente ao comunicado recente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), classificando as acusações dirigidas à associação como “infundadas e desproporcionadas”.
A controvérsia teve origem numa nota interna divulgada pela APMEDIO, que, segundo a associação, foi mal interpretada pela CCPJ. A APMEDIO esclarece que a nota era de acesso restrito, destinada exclusivamente a profissionais do jornalismo, e acusa a CCPJ de um ataque público injustificado baseado numa leitura errada da comunicação.
No comunicado, a APMEDIO também critica o que considera serem contradições nas práticas da CCPJ. A associação aponta casos como os das plataformas mediáticas NIT e New In, onde, segundo a APMEDIO, jornalistas detentores de carteira profissional produzem conteúdos promocionais, em aparente contrariedade ao Estatuto do Jornalista.
Outro ponto levantado pela APMEDIO é a alegada inércia da CCPJ em situações similares, como a utilização de designações como “Cartão PRESS” por outras associações. Apesar de essas práticas terem sido corrigidas após alertas, a APMEDIO questiona os critérios inconsistentes adotados pela CCPJ.
A associação também exige maior clareza da CCPJ quanto às funções dos títulos profissionais TPE e CO, salientando que o papel desses cartões continua pouco definido, apesar de serem amplamente utilizados em contextos jornalísticos.
Reafirmando o seu compromisso com a ética e a transparência, a APMEDIO declara que continuará a defender o jornalismo digital e os seus profissionais, exigindo uma reavaliação das declarações e das práticas da CCPJ.
O comunicado encerra com um apelo à imparcialidade e à isenção, destacando a importância de proteger a integridade do jornalismo e os valores que sustentam a profissão.
Comunicado da CCPJ:
Resposta da APMEDIO:
https://apmedio.pt/wp-content/uploads/2025/01/Resposta-ao-Comunicado-da-CCPJ-20250128.pdf