O presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, lançou um apelo urgente ao Governo para que a expansão do Metro de Lisboa até ao concelho de Loures seja incluída na agenda dos próximos Conselhos de Ministros. O autarca considera que está tudo preparado para a concretização do projeto e alerta que a população não aceitará um eventual adiamento ou cancelamento da obra.
“Eu faço este apelo, faço este alerta. Se houve esta capacidade do Governo em levar já uma PPP para Conselho de Ministros, sem previamente articular com a Câmara, eu espero que aquela que estava devidamente articulada com a Câmara seja cumprida”, afirmou Ricardo Leão em entrevista à Renascença. O edil reforçou que não há razão para que o alargamento do metro seja travado, tendo em conta que já existiram várias reuniões com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, e o Ministério das Finanças, onde foi garantida a inclusão do projeto no Orçamento do Estado e um financiamento através do Banco Europeu de Investimento.
Polêmica sobre a PPP do Hospital Beatriz Ângelo
Para além da questão da mobilidade, o autarca de Loures também abordou a decisão do Governo de retomar a Parceria Público-Privada (PPP) na gestão do Hospital Beatriz Ângelo. Embora lamente que a Câmara não tenha sido consultada no processo, Ricardo Leão não se opõe à medida, desde que seja garantida qualidade no atendimento aos utentes.
“Não colocarei nunca a ideologia à frente dos interesses da população”, garantiu o autarca, sublinhando que o mais importante é assegurar um serviço de saúde eficaz. O Hospital Beatriz Ângelo, que serve os municípios de Loures e Odivelas, integrará um grupo de cinco unidades hospitalares que voltarão a ser geridas sob o modelo de PPP, juntando-se aos hospitais de Braga, Amadora-Sintra, Vila Franca de Xira e Garcia de Orta.
Com a expansão do Metro e a reestruturação do hospital local, o presidente da Câmara de Loures aguarda agora por decisões governamentais que garantam avanços concretos nestas duas áreas fundamentais para a região.