Completaram-se recentemente três anos de guerra na Ucrânia, sendo tempo suficiente para se formar uma opinião sobre a resiliência, a coragem, o patriotismo e a determinação de um povo e da sua liderança, perante a invasão perpetrada pela Rússia, potência militar com elevado número de soldados, equipamentos e armas nucleares.
Volodymyr Zelensky à data da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, já era o seu legitimo Presidente, desde abril de 2019, na sequência de eleições livres e não fraudulentas, tendo evidenciado um forte compromisso no combate à corrupção e no fortalecimento da identidade nacional do país.
No início da invasão da Ucrânia a liderança de Volodymyr Zelensky demonstrou ser consistente e firme, tendo rejeitado as propostas para sair do país, optando por permanecer ao lado do seu povo, dando um notável exemplo de coragem e de patriotismo.
Volodymyr Zelensky tem demonstrado ser um líder inspirador, não apenas do seu povo, mas também dos aliados europeus e até há pouco tempo dos Estados Unidos da América, tendo com as suas intervenções em parlamentos e fóruns internacionais, garantido apoio militar e humanitário à Ucrânia.
A guerra da Ucrânia enquadra-se na visão expansionista e autoritária da Rússia de Vladimir Putin que desafia a liberdade e a autodeterminação dos países vizinhos que saíram da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A resistência do povo ucraniano, liderado por Volodymyr Zelensky, deve ser valorizada por todos aqueles que defendem as independências nacionais, face a ataques militares de países a quererem restabelecer os seus antigos impérios.
A narrativa russa de que a Ucrânia pertence ao seu domínio histórico é um argumento falacioso e perigoso, sendo a justificação para futuras invasões e violações da soberania nacional de outros países, correndo atualmente esse risco a Moldávia e a Geórgia, que já têm partes do seu território anexados por Vladimir Putin. A Estónia, a Letónia e a Lituânia também são países que podem ser atacados pela Rússia, embora estejam protegidos pela NATO, mas isso pode não ser suficiente face ao atual enfraquecimento desta Organização e à imprevisibilidade da atual liderança dos Estados Unidos da América.
Muitos países europeus e ocidentais têm muito a aprender com a liderança de Volodymyr Zelensky, na defesa das soberanias nacionais. Os conceitos de patriotismo e amor à pátria, muitas vezes ridicularizados por elites progressistas e wokistas, são fundamentais para a sobrevivência de uma nação em tempos de crise, como se comprova na Ucrânia, cujo povo continua a lutar estoicamente pela sua independência.
Os Estados Unidos da América, com o seu equipamento e tecnologia militares, são fundamentais para a defesa da Ucrânia, não sendo novidade que Donald Trump quer acabar rapidamente com a guerra, compreendendo-se que pretenda ter garantias para o financiamento já feito e eventualmente a fazer no futuro. Cada país defende os seus próprios interesses o que é legítimo.
A Ucrânia, sem o apoio militar e económico dos Estados Unidos da América, teria tido e terá no futuro muita dificuldade em resistir com êxito à invasão russa. A Europa sendo importante nesse apoio, não tem capacidade militar suficiente para o fazer sozinha, pelo que Volodymyr Zelensky terá de se aproximar de Donald Trump, não por fraqueza nos princípios, mas por necessidade de assegurar a soberania do seu país.
Espera-se que no futuro a Europa reforce a sua autonomia estratégica militar para eliminar a atual dependência dos Estados Unidos da América, aumentando significativamente investimentos na área da Defesa, produzindo o seu próprio armamento, o que, aliás, reforçará a economia e criará milhares de postos de trabalho de qualidade. Donald Trump tem incentivado a Europa a fazê-lo e tem toda a razão nisso.
A História registará Volodymyr Zelensky como o exemplo de um líder que lutou pela independência do seu país, pela liberdade do seu povo contra ameaças externas de subjugação a poderes imperialistas, tendo-se tornado num símbolo de honra e perseverança numa época em que o mundo está cada vez mais assolado por incerteza e instabilidade política resultante dos realinhamentos geoestratégicos das principais potências mundiais.
Volodymyr Zelensky demonstra ser um verdadeiro estadista e não apenas um administrador tecnocrata, sendo um defensor fervoroso dos valores do seu país, não hesitando em erguer a voz contra uma agressão imperialista e de pedir ajuda aos aliados ocidentais, sem vacilar perante as dificuldades. Esta é a postura que se espera de um líder político comprometido com a defesa do seu país e do seu povo. – Fernando Pedroso, Líder da bancada do CHEGA na AMO e Adjunto do Conselho Jurisdicional do CHEGA
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