Como escreveu Albert Einstein. “Todos somos muito ignorantes, o que acontece é que nem todos ignoramos as mesmas coisas“.
Como escreveu Albert Einstein. “Todos somos muito ignorantes, o que acontece é que nem todos ignoramos as mesmas coisas“.
É inquestionável que a pandemia da SARS-Cov-2, o Coronavírus 2 que comercialmente se designou por ‘COVID’ – como se esta virose global necessitasse de ter marca comercial – deu margem de manobra para que o Mundo fosse mais controlável, ou seja, para que as lideranças políticas, e também as socioeconómicas, submetessem os cidadãos através de uma legislação globalizada em nome da salvação de todos nós. Todos menos dos 6.647.095 cidadãos que perderam a vida por causa directa do vírus e de todos aqueles não registados nas estatísticas que morreram indirectamente pelo mesmo. Também não salvaram os mais de 100 milhões – dos 647.560.719 casos confirmados – que se tornaram ‘donos’ de enfermidades crónicas.
Nos últimos 5 anos, o Mundo pariu o ‘Movimento Woke’ que acabou global, vinculado aos ‘Democratas’ estadunidenses e às esquerdas ocidentais, comandados pelo Partido Socialista Europeu; pelos seus dissidentes da Aliança Progressista; Renovadores de Emanuelle Mácron; ‘Esquerda Europeia (Left GUE/NGL)’ que reúne a maioria dos partidos ou plataformas de extrema esquerda no Parlamento Europeu; Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia. As maçonarias e os chefes de partidos regionais independentistas também aproveitaram a onda para impingir às lideranças a ideologia das doações exorbitantes às ONG’s; aos Estados mais débeis; dos filtros nas redes sociais, as multas às operadoras que se negassem a fazê-lo; do controlo dos meios de comunicação social mais relevantes, até à negação das evidências científicas em favor das crenças mais radicais… Tudo porque é preciso apagar as histórias de cada país e aquilo que se entende como mentiras, habitualmente as certezas sobretudo de origem científica. Impõe-se fazer passar a necessidade ecológica da desindustrialização da Europa, de justificar, por exemplo, o encerramento da única indústria mineira de coltan em espaço europeu, na Galiza, precisamente a mistura de columbita e tantalita de que o Mundo depende para poder fabricar aparelhos de comunicação, infraestruturas de energia renovável como as eólicas, e a mobilidade eléctrica que os mesmos ecologistas afirmam integrar veículos limpos. Pois é, esta vaga de energias renováveis e de viaturas 100% eléctricas não são tão limpas quanto se transmite: a sua existência depende 100% de metais raros cuja extração levanta preocupações ambientais… Mas estes profetas da desgraça deviam pugnar pelo equilíbrio entre a recolha e a defesa do meio envolvente, tanto mais que a empresa canadense Strategic Minerals, que explora a Mina de Penouta, impôs a si mesma, medidas de requalificação ambiental a prazo.
Assalta-me uma pergunta: ¿Como é que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a maioria dos governantes dos Estados Membros afirmam, em alta voz, que a Europa tem de reduzir a dependência do exterior em áreas estratégicas, apoiando o encerramento de industrias, minerações e explorações agro-pecuárias?
Vejamos 4 exemplos distintos, mas saídos do mesmo catecismo dos salvadores do Mundo.
§ Em Espanha, ao contrário do que o governo faz crer, o preço do carrinho de compras continua a aumentar já este ano, tornando-se uma das principais preocupações dos consumidores. A Organização de Consumidores e Usuários (OCU) alertou que os alimentos têm acumulado um aumento de 35,5% nos últimos três anos, encarecendo consideravelmente o gasto em produtos básicos. A retirada de medidas como redução do IVA em alimentos essenciais e cartões de ‘carteira para famílias’ vulneráveis acelerou essa tendência ascendente, tornando as compras mensais cada vez mais caras.
§ Na era Joe Biden, US AID – Agência para o Desenvolvimento dos Estados Unidos – pagou 10 milhões de dólares para um programa de circuncisões voluntárias em Moçambique.
§ Em 2023, em Nova Iorque morreram 3.200 cidadãos por sobredoses de drogas. Muitos misturam estupefacientes com anestésicos veterinários. Já o fentanil foi responsável por 140 mil mortes em todos os Estados Unidos. E recordemos um registo importante para ver o crescimento exponencial de drogas entre os Norte-americanos: Em 2010, morreram menos de 40 mil pessoas por overdose de drogas, e menos de 10% dessas mortes estavam ligadas ao fentanil que é cerca de 100 vezes mais potente que a morfina e 50 vezes mais potente que a heroína como analgésico. A maior parte do fentanil ilegal encontrado nos EUA é traficado a partir do México e usa produtos químicos provenientes da China, de acordo com o Drug Enforcement Administration (DEA), órgão federal encarregado da repressão e do controle de narcóticos.
§ A administração de Joe Biden determinou o arquivamento da investigação da DEA – Drug Enforcement Administration – que relacionava o ex-presidente do México, Andrés Manuel López Obrador com alguns dos mais importantes cartéis da droga, que se dedicam ao tráfico para os Estados Unidos. López. O governo de López Obrador facilitaria o trânsito de estupefacientes para os EE.UU.. Obrador foi elegido pelo Movimento Regeneração Nacional – conhecido como Morena de inspiração marxista – e governou entre dezembro de 2018 e outubro de 2024.
Incompreensível também a dualidade de critérios na informação jornalística, principalmente nos últimos anos coincidentes com a administração Joe Biden nos EE.UU.: Recentemente, bombardeiam notícias da morte de crianças em Gaza; ignoram milhares de assassinatos de cristãos na Síria às mãos do novo regime jhiadista. É mesmo assim: a Ocidente encontramos os maiores hipócritas em quase todos os sectores da sociedade.
Na era Joe Biden, US AID – Agência para o Desenvolvimento dos Estados Unidos – pagou 10 milhões de dólares para um programa de circuncisões voluntárias em Moçambique. Também o anterior presidente Norte-americano mandou arquivar a investigação da DEA – Drug Enforcement Administration – que relacionava o anterior presidente do México, Andrés Manuel López Obrador com alguns dos mais importantes cartéis da droga, que se dedicavam ao tráfico para os Estados Unidos. Fentanil é o estupefaciente responsável por 140 mil mortes de cidadãos Norte-americanos e a quantidade mais significativa ilegal encontrado nos EUA é traficado a partir do México e usa produtos químicos provenientes da China. A fome continua a ser a maior pandemia: as estatísticas são absolutamente angustiantes nos últimos 25 anos porque aumentou dramaticamente neste século, passando 135 milhões em 2019 para 345 milhões de cidadãos atingidos em 2024. Morre de fome uma pessoa num intervalo de 4 a 6 segundos, ou seja, mais de 17.800 cidadãos num só dia, praticamente 6,5 milhões de pessoas anualmente.
Surpreendente é ouvirmos repetidamente que, afinal, embora esta tenha sido a maior pandemia do século XXI nos 25 anos que leva, não foi a mais terrível que a humanidade atravessou.
Pois claro que não! Basta remetemo-nos à história dos últimos 200 anos. E se tivermos a coragem de considerar a fome como uma pandemia, encontramos estatísticas absolutamente angustiantes nestes últimos 25 anos. A periculosidade alimentar global aumentou dramaticamente neste século: passou de 135 milhões em 2019 para 345 milhões de pessoas em 2024. A Organização das Nações Unidas adverte que existem mais de 845.000.000 que não se alimentam suficientemente e se podem encontrar subalimentados. Em 2023, um relatório da ONU revelava que a fome era um problema crítico: Pelo menos 2,8 mil milhões de cidadãos – refira-se que a população global é de 8,02 mil milhões – não puderam pagar por uma dieta saudável em 2022. Nesse mesmo ano, morria de fome uma pessoa num intervalo de cada 4 a 5 segundos, ou seja, mais de 17.800 cidadãos num só dia, praticamente 6,5 milhões de pessoas anualmente.
Questiono: ¿Não é inadmissível que, com toda a tecnologia agrícola disponível desde o final da década de 80’, ainda estejamos a falar de fome no século XXI?
Naturalmente que a fome não encerra uma causa única. Elegeria a falta de vontade política; ausência de estratégia na produção e cadeia de distribuição globais; exploração de recursos inadequada; comércio injusto; conflitos armados regionais e supra regionais como a guerra entre Rússia e Ucrânia que exacerbou significativamente a dificuldade na oferta de bens essenciais como o trigo, milho, cevada e aveia.
Não aprendemos a lição. O Mundo deve a si mesmo 3 vezes e meia o que produz, embora os bancos façam acreditar que estão cheios de dinheiro
Centro-me num dado fascinante: O Mundo deve a si mesmo 3 vezes e meia o que produz. Os bancos têm mais dinheiro.
Generalizando a consequência mais directa surge uma ideia maestra: Teremos de deixar de emitir tanta moeda para tapar as dividas públicas e privadas.
Há 5 anos, vivemos um confinamento que mediou entre 100 e 200 dias. No arquipélago das Canárias, na costa Noroeste de África, estivemos encerrados 120 dias da primeira vez. Mas a fase mais horrível ocorreu entre janeiro e julho de 2021, com meios confinamentos, mas maior número de mortos e contágios. Para além da tragédia que significa a perda de mais de 6 milhões de vidas humanas, perdeu a sociedade e a economia global. Fecharam centenas de milhares de pequenas e médias empresas. Milhões de famílias ainda lutam contra o desespero das percas e com as dificuldades em recuperar.
Foram muitas as promessas de ajudas institucionais; mas pouco as que se tornaram efectivas: pelo caminho, investiram-se milhões em projectos dispensáveis e cujos resultados práticos se desconhecem. Entre os Estados Membros da União Europeia recordo a tão apregoada ‘digitalização global’ nas administrações públicas e nos sectores primário e secundário.
Já as ajudas pontuais às pequenas e médias empresas e aos desempregados não aportaram quase nada. Por exemplo, agora é tempo de se retomarem os pagamentos mensais, trimestrais e ou semestrais das dívidas suspensas como impostos e as hipotecas com a agravante de que as prestações serão maiores por acumulação entre o passado pendente e o presente. O sector bancário e as administrações públicas têm máquinas informáticas que não perdoam um cêntimo.
Mas se atrasarmos o calendário a 31 de dezembro de 2021, em Canárias, verificava-se uma dívida importante das 175 empresas ao fisco, da ordem dos 186 milhões de euros. Já no final de 2022, 80% das famílias de todo o arquipélago não conseguiram fazer qualquer poupança.
Da pandemia resulta uma pergunta: ¿Nós, aprendemos alguma coisa?
O dia-a-dia, as notícias, as preocupações e prioridades da maioria dos líderes políticos, principalmente entre os europeus, mostra que quase todos esqueceram e não aprenderam a lição.
A vida global está pior. Na Europa, os casos de violência, homicídios e estupros aumentaram exponencialmente. Também o crime organizado no domínio económico, as ocupações de habitações de todo o género, e as transgressões nas estradas atingem números preocupantes. Na ilha de Tenerife, no arquip+elago das Canárias, um em cada três motoristas controlados nas operações de auto-stop acusam álcool ou uso de drogas e, por vezes, as duas coisas em simultâneo. Relembro uma confissão de um agente do Tráfego da Guardia Civil: “¡Os cidadãos perderam o respeito para si mesmos!”. Aqui cabe um parêntesis: Em Espanha, as forças de segurança do Estado, nas operações de controlo rodoviário, para além da alcoolémia, testam cocaína, opiáceos, anfetaminas, metanfetaminas e canábis.
Há mais emprego, mas é cada vez mais precário, sobretudo nas actividades relacionadas com a indústria do turismo e na restauração. Poucos assumem contratos indeterminados, ou seja, sem termo certo.
Os cidadãos são menos solidários. As redes sociais quase substituíram as relações interpessoais e milhões de famílias comunicam-se apenas pelo ciberespaço. Há milhões que ficaram pelo teletrabalho na maioria dos dias da semana. A compra pela internet mantém níveis altíssimos.
A inflação entre os Estados-membros, chegou a situar-se acima dos 6%. Agora, temos Espanha com uma inflação média de 2,8%, mas com maior expressão nos produtos alimentares básicos que crescem trimestralmente, embora sem grande explicação. Em Portugal, o valor situa-se entre os 2,4% e os 4,3% dependendo do cabaz das compras, enquanto na Alemanha, os últimos dados revelam uma cifra de 2,2%. Mas há Estados Membros em piores circunstâncias: Polónia, com 4,9%; Holanda e Eslováquia, 3,8%; Estónia, 5,3%; Hungria, 5,6%; Letónia, 3,7%; Lituânia, 3,5%; Bélgica, 3,55% e Áustria, com 3,3%.
Só a Finlândia (0,5%), Suécia (1,3%), Eslovénia (1,6%), França (0,8%), Irlanda (1,8%), Luxemburgo (1,7%), Itália (1,7%) e Malta (1,8%) conseguem ficar abaixo dos 2%.
A maioria dos governantes europeus se mostram cada vez mais distantes da realidade social e econômica e uma ignorância relativamente às prioridades que, em muitos casos, é extrema.
Deixo um vídeo que circulou nas redes sociais que a maioria de nós não demos grande importância, mas que mostra como de repente podemos nos tornar um rebanho. Naturalmente, o discurso contém algumas – grandes – imprecisões no que concerne às alterações climáticas que a responsabilidade vai muito para além da influência humana.
– Texto por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)