Época balnear arranca com recorde de 81 Praias ZERO Poluição em Portugal

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81 Praias ZERO Poluição

No próximo domingo, 1 de junho, tem início a época balnear em cerca de um terço das praias portuguesas — 227 das 673 águas balneares do país. O arranque da temporada traz boas notícias para os amantes da praia: Portugal atinge, em 2025, um número recorde de 81 Praias ZERO Poluição, segundo a avaliação da associação ambientalista ZERO.

Este número representa mais 22 praias em comparação com o ano passado e corresponde a 12% do total das águas balneares classificadas em território nacional, entre o continente e as ilhas. Os dados foram obtidos a partir de análises da qualidade da água realizadas ao longo dos últimos três anos e fornecidos pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Torres Vedras lidera com 11 praias sem vestígios de poluição

O município de Torres Vedras destaca-se como o concelho com maior número de Praias ZERO Poluição, totalizando 11 zonas balneares classificadas, seguido por Grândola (7 praias) e Alcobaça (4 praias). No total, as 81 praias estão distribuídas por 39 concelhos, com 55 no Continente, 20 nos Açores e 6 na Madeira.

Além disso, há dois casos notáveis de praias interiores — Alqueidão e Montes, ambas no concelho de Tomar — que conseguiram alcançar esta classificação, o que é particularmente difícil dada a maior suscetibilidade destas zonas à contaminação microbiológica.

O que é uma Praia ZERO Poluição?

Uma Praia ZERO Poluição é aquela que, ao longo das três últimas épocas balneares (2022, 2023 e 2024), nunca apresentou qualquer vestígio de contaminação microbiológica nas análises de rotina — ou seja, os valores de Escherichia coli e Enterococos intestinais estiveram sempre abaixo do limite de deteção. Esta é uma classificação ainda mais exigente do que a de “qualidade excelente” atribuída pela legislação europeia.

De acordo com a ZERO, este é o patamar de excelência a que todos os países deveriam aspirar no contexto do Pacto Ecológico Europeu, e em particular no âmbito do Plano de Ação para a Poluição Zero.

Desafios persistem nas águas interiores

A ZERO alerta para a dificuldade de alcançar estes padrões em praias interiores, que são mais vulneráveis à poluição derivada de falhas no saneamento básico, descargas industriais e escoamento urbano. A associação defende maiores investimentos no tratamento de águas residuais e na monitorização rigorosa dos cursos de água, para garantir padrões de qualidade também nas zonas fluviais.

Recomendações e alertas para a nova época balnear

A ZERO reforça ainda algumas recomendações para os veraneantes, salientando que:

• Devem ser frequentadas apenas praias classificadas oficialmente como zonas balneares, com vigilância e análises regulares;
• Os resíduos devem ser sempre recolhidos e, sempre que possível, separados para reciclagem;
• É essencial preservar os ecossistemas costeiros, evitando, por exemplo, o pisoteio de dunas e zonas sensíveis.

Ambiente, segurança e saúde pública lado a lado

A classificação “ZERO Poluição” não apenas enaltece o bom estado ambiental das praias como garante segurança e bem-estar aos banhistas, num contexto em que as alterações climáticas e a poluição colocam desafios acrescidos à qualidade da água.

Com mais praias limpas e seguras, Portugal reforça a sua posição como destino de excelência para o turismo balnear — e dá um passo em frente na valorização ambiental do seu território costeiro e interior.

🌐 Mais informações sobre a monitorização da qualidade da água podem ser consultadas em www.apambiente.pt.

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📍 Lista completa das Praias ZERO Poluição segundo a Zero.ong

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