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Loures responde a críticas com esclarecimento firme: “Não é vida, nem é justa — é legal e justa”

Câmara de Loures desmente despejos em massa e esclarece que só atua após incumprimentos prolongados. Presidente Ricardo Leão defende justiça e coragem para agir.

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António Guedes Tavares
António Guedes Tavares
Diretor do NotíciasLx - Notícias da Grande Lisboa
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A expressão “Não é vida, nem é justa!”, popularizada por movimentos sociais em reação às ações da Câmara Municipal de Loures, motivou um esclarecimento formal do município, publicado a 20 de junho de 2025. O Presidente Ricardo Leão afirma:

“Terei sempre só uma postura, ser justo. Defender quem não quer cumprir é prejudicar quem precisa e quer cumprir.”

O caso diz respeito a denúncias de despejos em massa na urbanização Terraços da Ponte (ex-Quinta do Mocho), situação que a autarquia classifica como descontextualizada e distorcida.


O que diz a Câmara de Loures?

Segundo o comunicado oficial:

  • Não há despejos em massa, nem programa de remoções diárias.
  • Existem atualmente 615 procedimentos de resolução de contrato em todo o concelho, sendo 269 nos Terraços da Ponte — o maior bairro de habitação municipal de Loures, com 91 edifícios e 768 inquilinos ativos.
  • O valor médio das rendas é de 150€ mensais, ajustado ao rendimento e agregado familiar.

Porquê os procedimentos?

A autarquia age com base no regime jurídico do arrendamento apoiado, acionando a resolução de contrato apenas após:

  • Dívidas superiores a 3 rendas sem plano de pagamento;
  • Ocupações indevidas por terceiros;
  • Não residência efetiva no local;
  • Falta de entrega de documentação obrigatória.

Todos os visados foram notificados formalmente, com direito a audiência e mecanismos de regularização. O município realizou visitas técnicas, reuniões e ações de sensibilização, reforçando o seu compromisso com o diálogo e a legalidade.


Declarações do Presidente Ricardo Leão

“Temos atuado sempre de forma positiva e humanista. Mas não podemos deixar de agir quando há incumprimento deliberado. Não é justo para quem espera e quer cumprir.”

O autarca insiste que não agir perante abusos é negar habitação a quem verdadeiramente precisa. A taxa de incumprimento caiu de 55% em 2021 para 18,5% em 2025, graças ao Plano Extraordinário de Recuperação de Créditos.


Em números

  • 2500 fogos habitacionais sob gestão municipal;
  • Cerca de 1000 munícipes em lista de espera por habitação;
  • Possibilidade de pagamento da dívida até 60 prestações mensais, com maior flexibilidade em casos justificados.

Conclusão

A Câmara de Loures defende que está a agir com coragem, legalidade e equidade. O slogan “Não é vida, nem é justa!” ganha agora nova leitura: não é justo deixar quem quer cumprir à espera, enquanto quem não responde às regras permanece sem consequências.

“SIM, ESTAMOS A FAZER! Com coragem e determinação.” — Ricardo Leão

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