Finanças de Sacavém
População teme perda de serviços públicos essenciais. Câmara de Loures promete lutar contra encerramento.
A Repartição de Finanças de Sacavém (Loures 4) poderá fechar , colocando em risco o acesso ao serviço para milhares de residentes da zona oriental do concelho de Loures, o terceiro maior da Área Metropolitana de Lisboa.
A medida surge na sequência da anunciada fusão dos Serviços de Finanças de Loures 3 (instalados no Parque das Nações) com Loures 4, uma reorganização que, segundo o Ministério das Finanças, terá efeitos a partir de 8 de julho de 2025.
Câmara e Junta preparam resposta
A Câmara Municipal de Loures e a Junta de Freguesia de Sacavém e Prior Velho reagiram à notícia e têm agendada uma reunião com o Vice-Presidente da Autoridade Tributária, onde vão apresentar propostas concretas para manter o serviço em Sacavém.
A tutela informa que as instalações de Sacavém permanecerão abertas com atendimento ao público, mas confirmou que a fusão será apenas ao nível das chefias.
Filas de madrugada e receios da comunidade
O possível encerramento do serviço de finanças em Sacavém está a gerar revolta entre os moradores. Muitos receiam que a fusão leve a uma redução drástica no número de funcionários, prejudicando o atendimento.
Nas redes sociais, acumulam-se as críticas à centralização dos serviços públicos longe das populações e ao que muitos consideram um desinvestimento nas zonas periféricas de Lisboa.
Risco de sobrecarga em Loures
Se o encerramento se confirmar, o concelho de Loures ficará apenas com uma única repartição, situada no centro da cidade de Loures, longe de freguesias densamente povoadas como Sacavém, Prior Velho ou Moscavide.
A decisão poderá levar à sobrecarga dos serviços restantes e ao agravamento das dificuldades no acesso ao atendimento presencial, especialmente para idosos, imigrantes e pessoas com dificuldades de mobilidade.
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