InícioNOTICIASNacionalJesus: o Extremista do Amor e da Verdade

Jesus: o Extremista do Amor e da Verdade

Jesus de Nazaré não foi apenas um pregador pacífico — foi um radical que desafiou o poder romano e o sistema religioso judaico. Descobre as passagens bíblicas que mostram como Ele proclamou um acesso direto a Deus, sem templos nem sacerdotes.

Categorias:

AUTOR

António Guedes Tavares
António Guedes Tavares
Diretor do NotíciasLx - Notícias da Grande Lisboa
- Publicidade -

Jesus extremista

(a propósito de alguns textos de lideres religiosos que circulam na comunicação social e onde se afirma que Jesus não era um Extremista)

Jesus foi um extremista espiritual e social no seu tempo — não no sentido violento, mas radical, ou seja, alguém que foi à raiz das coisas, desafiando o poder político (Império Romano) e religioso (autoridades judaicas do Templo), proclamando um acesso direto a Deus sem necessidade de intermediários institucionais.

Jesus: o Extremista do Amor e da Verdade

A figura de Jesus de Nazaré, muitas vezes associada à paz e mansidão, é, à luz dos Evangelhos, tudo menos inofensiva para os poderes do seu tempo. Jesus foi, de facto, um extremista espiritual e social: questionou o poder do Império Romano, subverteu a autoridade dos líderes religiosos e declarou que o caminho para Deus não passava por instituições, mas por Ele próprio.

Enfrentamento com o poder religioso

Jesus extremista
Jesus desafia autoridades religiosas e proclama o Reino de Deus.

Jesus denunciou a hipocrisia das autoridades religiosas da época — os fariseus, os saduceus, os mestres da Lei — que faziam do templo e da tradição instrumentos de poder e exclusão. Em vez de reforçar o sistema sacrificial do Templo, Ele afirmou que o culto verdadeiro era em espírito e verdade, não num lugar físico.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e cobiça.”
Mateus 23:25

“Destruí este templo, e em três dias o levantarei.”
João 2:19
(Referindo-se ao seu próprio corpo como novo templo, substituindo o antigo sistema de culto.)

Com esta afirmação, Jesus desautoriza a centralidade do Templo de Jerusalém, pondo em causa toda a estrutura religiosa judaica do seu tempo — o equivalente a destruir a sede do poder espiritual da época.

Desafiar o Império

Jesus também colocou em causa a legitimidade do poder romano, não através da violência, mas por meio de uma nova lógica de poder baseada no serviço, na humildade e na verdade.

“Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”
Mateus 22:21

Esta resposta, muitas vezes interpretada como diplomática, é na verdade uma crítica implícita: se tudo pertence a Deus, o que sobra para César? Jesus afirma que a autoridade última não pertence a nenhum imperador, mas a Deus. Esta afirmação subverte o culto imperial romano, que via César como uma figura quase divina.

O caminho direto para Deus

A mensagem mais revolucionária de Jesus é que o acesso a Deus passa exclusivamente por Ele, e não por sacerdotes, templos ou mediações institucionais. Esta ideia era profundamente disruptiva.

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”
João 14:6

“Vós, pois, orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus…”
Mateus 6:9
(Jesus ensina que cada pessoa pode chamar Deus de “Pai”, sem precisar de um intermediário sacerdotal.)

“Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigénito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.”
João 1:18

Estas declarações colocam Jesus como o novo centro do culto, substituindo a função dos sacerdotes, do Templo e da Lei. Ele não fundou uma nova religião institucional, mas ofereceu uma relação direta e radical com Deus, livre de estruturas hierárquicas.

Um extremista do Reino

Jesus viveu e pregou o Reino de Deus como realidade concreta e subversiva, onde os últimos são os primeiros, os poderosos são derrubados e os pobres são exaltados.

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus.”
Mateus 5:3

“O meu reino não é deste mundo.”
João 18:36

Ele não veio reformar o sistema — veio substituí-lo por completo. Essa radicalidade foi suficiente para que tanto os líderes religiosos como os romanos vissem nele uma ameaça real. Por isso foi executado. A cruz não foi apenas um instrumento de tortura — foi uma pena política reservada a subversivos.


Conclusão

Jesus foi um extremista no melhor sentido da palavra: levou o amor, a verdade e a liberdade até às últimas consequências, mesmo que isso significasse o confronto direto com os poderes do mundo. Ao afirmar que o acesso a Deus não depende de templos nem de sacerdotes, mas d’Ele próprio, desmantelou o sistema religioso da sua época e colocou cada ser humano diante de Deus, sem intermediários.

Bíblia Online

Outros Artigos de:

António Guedes Tavares
António Guedes Tavares
Diretor do NotíciasLx - Notícias da Grande Lisboa

― ―