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Para entusiastas, colecionistas… E fãs das decorações mais célebres

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Para entusiastas, colecionistas

Não se trata de nenhuma versão especial do modelo Abarth 695 do actual Fiat 500, a não ser uma espécie de consagração dos carros de corridas que ostentaram as insígnias da Gulf Oil que ficaram na história de algumas das competições.  Recordemos os celebres Ford GT40 Gulf Oil que ganhou as 24 Horas de Le Mans por quatro vezes entre 1966 e 1969. Já o Porsche 917 K azul celeste com as listas laranjas – sob a liderança de John Wyer, que já havia conquistado vitórias históricas com o Ford GT40 da Gulf – estreou-se com uma vitória e um segundo lugar, nas 24 Horas de Daytona de 1970, batendo o recorde de distância em cerca de 305 quilómetros.

Para entusiastas, colecionistas
Em 2011, a marca Abarth consagrou a imagem desportiva Gulf Oil: decidiu homenagear os sucessos passados da equipa, acordando com os detentores dos direitos da marca Gulf Oil uma edição limitada a 10 unidades de uma versão ‘Abarth 500 Gulf Special edition’ que apenas se podia obter no Luxemburgo e, na altura, por 25 mil euros. Agora, vende-se um exemplar em Tenerife. Este Abarth é um exercício global que vai mais além da simples decoração exterior. Porventura é no interior que encontramos maiores detalhes, embora se possa não gostar das opções assumidas. Este pequeno desportivo está equipado com uma caixa de 6 velocidades automática robotizada com sistema de condução, em modo sport, com comandos (patilhas) no volante como já se generalizou nos automóveis desportivos – (fotografia de ‘Automotores Atlántico’ e José Maria Pignatelli)

Mas a história da Gulf nas corridas encerrou novo folego em 2006 – embora a petrolífera tivesse sido extinta em 1985 – com o Aston Martin DBRS9 – tinha o Chassis DBR9/7 – que teve uma estreia fulgurante nessa temporada na categoria LMGT1, triunfando nas 12 Horas de Sebring: um resultado muito significativo que se mostrou crucial na venda da marca britânica no mercado estadunidense.

Mas neste capítulo das glórias não nos devemos esquecer das edições que a Volkswagen dedicou ao Herbie, um ‘carocha’ talentoso com vida própria, figura fictícia e protagonista principal em seis peliculas produzidos pelos estúdios Disney que têm uma legião de fans de todas as idades. Herbie encarnou num VW carocha de 1963 – com o código VW L87 – de cor branco pérola com 3 listas coloridas que obedeciam a larguras com dimensões estabelecidas: encarnada com 3 centímetros, outra da mesma largura de cor branca e uma terceira lista azul com 6 centímetros. Era ainda decorado com o número 53 nas portas e no capot porque foi destinado a ser o carro de corridas de Jim Douglas.

2011: Marca Abarth consagra imagem desportiva Gulf Oil

Em 2011, a marca Abarth, do construtor Fiat, decidiu homenagear os sucessos passados da equipa, acordando com os detentores dos direitos da marca Gulf Oil uma edição limitada a 10 unidades de uma versão ‘Abarth 500 Gulf Special edition’ que apenas se podia obter no Luxemburgo e, na altura, por 25 mil euros. Todos os exemplares foram equipados com um kit Essesse, bancos desportivos Sabelt Corse em pele tingida na cor azul celeste com o simbolo da Gulf cosido no cabeçal e uma placa com o número do exemplar.

As dez unidades – produzidas entre 2011 e 2012 – encontram-se equipadas como o motor de 1,4 litros ‘T-Jet’ (1368 cm³), de 4 cilindros en línea, 4 válvulas por cilindro sobrealimentado, com 180 cavalos e uma transmissão automática robotizada de 6 marchas.  É um 500 muito rápido na sequência das primeiras três marchas – consegue atingir os 180 Km/h em 21 segundos -, mas mais lento nas seguintes. Ainda assim, deveremos considerar uma velocidade máxima estupenda para os mais aficionados: 220 Km/h que se obtém no espaço entre os 30 e 33 segundos.  Outra das particularidades é que se produziram exemplares descapotáveis com a decoração da antiga petrolífera Norte-americana.

Os 500 Abarth – também posteriormente designados por Abarth 595 e 695 este último título de 1964 – tiveram essencialmente três versões marcadas pela potência: 140 CV, 165 CV e 180 CV, neste último caso pela inclusão de um turbo Garret GT 1446, que acrescentou 15 CV mais que o Abarth 595. Foi precisamente a versão de 180 CV que a marca utilizou para comemorar o 70 aniversário do modelo 500, pré-apresentado em 1955 e lançado em 4 de julho de 1957 para substituir o ‘500 Topolino’.  

A estas opções teremos de acrescenta uma quarta versão menos “civilizada”: o 500 Abarth 696 Biposto, com apenas dois lugares, 189 CV / 139 kW e uma panóplia de equipamentos habituais em carros de pista que disputam troféus monomarca. Esta versão produziu-se entre 2014 e 2018

Em Tenerife há um exemplar à venda. Encontra-se na Automotores Atlántico: É de 2012, tem 132.000 quilómetros, é convertível e o preço anunciado é de 16.990 euros. Este Abarth 500 tem uma alteração estética: os grupos ópticos traseiros foram substituídos pelos actuais.

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A versão que se encontra em Tenerife é convertível: tem o tejadilho em tela com abertura eléctrica de cor negra. No interior, encontramos bancos do tipo Sabelt forrados a pele de cor azul celeste com o símbolo ‘Gulf’ cozido na cabeceira – – (fotografias de José Maria Pignatelli)

Recordar que a marca Abarth é reconhecida pelas edições especiais, sendo a mais emblemática lançada em 2010 sob a insígnia “Abarth 695 Tributo Ferrari”, onde se introduziram componentes exclusivos como a transmissão sequencial MTA electromecânica, suspensões afinadas pela própria Ferrari, sistema de travões Brembo, jantes de 17 polegadas e a caixa dos retrovisores exteriores em carbono. Foram fabricadas 1695 unidades no total entre 2010 e 2013: 1198 unidades estavam disponíveis da cor ‘Vermelho Corsa’, 299 do ‘Amarelo Modena’ e 99 em ‘Azul Abu Dhabi’ e ‘Cinza Titânio’. Em Espanha, o preço de lançamento, em 2010, foi de 46.339 euros, enquanto em Portugal, rondou os 50.000.

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As cores da Gulf Oil decoraram o Ford GT 40 que triunfou nas 24 Horas de Le Mans por quatro vezes entre 1966 e 1969. Já em 2006, embora a petrolífera se tivesse extinguido em 1985, a história da Gulf encerrou novo folego nas corridas de resistência com o Aston Martin DBRS9 que tinha o Chassis DBR9/7: teve uma estreia fulgurante nessa temporada na categoria LMGT1, triunfando nas 12 Horas de Sebring – (fotografias de Divulgação da Bonhams Car e da Aston Martin)

– Texto por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico).

Fotografias de José Maria Pignatelli e ‘Automotores Atlántico

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